Empresas e prefeitura de São Paulo buscam consenso para o uso de patinetes

Nesta terça-feira (4), representantes da prefeitura e de empresas responsáveis pelo serviço se reuniram para discutir as adequações dos veículos às exigências da cidade

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2019 06h45 - Atualizado em 05/06/2019 06h45
Estadão Conteúdo Entre os pontos discutidos está a instalação de estações, de quatrocentos em quatrocentos metros, para o estacionamento dos patinetes

O Procon de São Paulo entrou na discussão sobre a regulação dos patinetes elétricos na capital paulista. Nesta terça-feira (4), representantes da prefeitura e de empresas responsáveis pelo serviço se reuniram para discutir as adequações dos veículos às exigências da cidade.

Não houve definições, mas as empresas se comprometeram a colaborar. Entre os pontos discutidos está a instalação de estações, de 400 em 400 metros, para o estacionamento dos patinetes. As empresas ficariam responsáveis por incentivar o uso dos locais e por recolher veículos que eventualmente fossem deixados em áreas proibidas.

Em maio, a administração municipal impôs novas regras, exigindo que os usuários circulem apenas por ciclovias, ciclofaixas e ruas com limite de quarenta quilômetros por hora. Desde o início da fiscalização, mais de 1 mil patinetes elétricos foram apreendidos pelas subprefeituras.

De acordo com o secretário municipal de mobilidade e transportes, Edson Caram, a proibição do uso dos veículos nas calçadas será mantida. O objetivo, segundo ele, é expandir o serviço pela cidade.

“O patinete veio como micromobilidade, então ele vai atender a população, a demanda da população, na micromobilidade. Eu vou levar o patinete para a periferia, para os bairros mais distantes e vou dar condição. O prefeito está investindo um dinheirão na criação das novas conexões, novas ciclovias, novas ciclofaixas, exatamente para que esse modal venha para ficar”, disse.

O secretário acredita que as empresas e a Prefeitura devem chegar a um consenso em no máximo trinta dias.

Um dos pontos discutidos é a obrigatoriedade do capacete, que foi barrada por liminar da Justiça. Para o diretor executivo da Fundação Procon São Paulo, Fernando Capez, é possível substituir o mecanismo de segurança:

“O capacete tem o problema do usuário não devolver. Como você vai fiscalizar a questão de higienizar o capacete? Enfim é mais complicado. Mas o limitador de velocidade é simples: 12 quilômetros por hora é maior do que a velocidade de uma pessoa correndo. Então é perfeitamente possível, para o usuário, se servir desse meio de transporte com essa limitação.”

Capez também alertou para a importância das empresas responsáveis informarem os usuários sobre os riscos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro a junho, foram registrados duzentos e setenta e quatro acidentes envolvendo esse tipo de veículo.

Levantamento do Procon São Paulo indica que apenas trinta e sete vírgula zero nove por cento dos usuários leram o termo de uso e a política de privacidade antes de usar patinetes elétricos.

*Com informações do repórter Matheus Meirelles

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