Gastos com a pandemia superam R$ 605 bi no Brasil; para secretário, ‘pior já passou’

Waldery Rodrigues admite um forte grau de incerteza na economia brasileira, mas ressaltou que, nesse momento, é importante ficar atento

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2020 09h38
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FERNANDA LUZ/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoas andando na rua Nas últimas 24 horas foram registradas 907 mortes e 51.194 caso; no total o país já soma 125.521 óbitos e 4.092.832 infecções

O combate ao coronavírus no Brasil já consumiu R$ 605 bilhões até agora. Segundo o secretário especial de Fazenda do ministério da Economia, Waldery Rodrigues, desse total, R$ 20 bilhões representam um incremento na arrecadação, sendo que os outros R$ 584 são despesas. Ele admite um forte grau de incerteza na economia brasileira, mas ressaltou que, nesse momento, é importante ficar atento. A boa notícia segundo ele, é que pelo menos na economia, o pior momento da crise causada pela Covid-19 já ficou para trás. “Estamos enfrentando a maior crise sanitária dos últimos anos, não só no Brasil, mas no mundo todo. O cuidado também precisa ser com a parte econômica, para manter o emprego e os sinais vitais da economia”, afirmou.

Nessa sexta-feira, 4, o Ministério da Saúde atualizou os dados da Covid-19 no Brasil. Nas últimas 24 horas foram registradas 907 mortes e 51.194 casos, no total o país já soma 125.521 óbitos e 4.092.832 infecções. A taxa de mortalidade está em 59,7 e a letalidade em 3,1%. Segundo a pasta, o número de pessoas recuperadas é de 3.278.918, sendo que outras 688.393 seguem em acompanhamento médico. O Estado de São Paulo chegou nessa sexta aos 31.091 mortos e tem 845.016 casos confirmados do novo coronavírus, o maior índice do país.

Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) rebateu a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”. A cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, destacou que o primeiro aspecto a ser considerado é que as vacinas erradicaram doenças como sarampo e varíola e fizeram muito pela humanidade. “Essas declarações mostram o quanto é necessário educação, transparência e informação pública sobre a importância das vacinas no geral, e em seguida sobre a vacina contra a Covid-19“, disse. Ela ainda reforçou que nenhuma vacina será liberada antes de os órgãos reguladores e a própria OMS estarem confiantes sobre a segurança e eficácia da imunização.

* Com informações da repórter Luciana Verdolin

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