Governo britânico pressiona UE para impor sanções contra a Rússia

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 21/08/2018 09h43
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EFE Putin O governo britânico diz que o agente nervoso utilizado no atentado, chamado Novichok, só pode ter vindo da terra de Vladimir Putin

O governo britânico pressionou a União Europeia para seguir a Casa Branca e impor novas sanções contra a Rússia.

Os ingleses ainda não esqueceram o envenenamento do ex-espião russo e a filha dele Sergei e Yulia Skripal no interior do país. Ambos sobreviveram ao ataque, mas uma terceira pessoa contaminada, semanas depois e uma mulher britânica acabou morrendo.

Até hoje o caso não está claro. O governo britânico diz que o agente nervoso utilizado no atentado, chamado Novichok, só pode ter vindo da terra de Vladimir Putin.

O controverso presidente nega qualquer participação no episódio e pede acesso às vítimas – o que foi negado pelos britânicos.

Na repercussão do caso, os Estados Unidos decidiram impor novas sanções econômicas e militares para os russos – algumas delas entram em vigor nesta quarta-feira (22). Mas os britânicos mesmo não puderam fazer isso porque ainda integram a União Europeia e não podem aplicar barreiras unilateralmente contra outro país.

E os europeus parecem poucos dispostos no momento em comprar briga com seu maior fornecedor de gás, para ficar apenas em um ponto estratégico na relação do bloco com os russos.

Principalmente porque a relação entre europeus e britânicos, como se sabe, anda muito desgastada por causa do Brexit.

Esse inclusive é um dos argumentos utilizados pelo Reino Unido na pressão por novas sanções europeias contra a Rússia.

Em um momento delicado da geopolítica, a União Europeia e a Grã-Bretanha não podem se dar ao luxo de não caminharem juntas – seria um erro crasso de geoestratégia.

Um argumento no mínimo irônico vindo de quem votou para se separar do resto do continente.

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