Mesmo paradas, obras da Linha 6 do Metrô custam R$ 3 milhões por mês
Paradas desde 2016, quando as empresas construção foram pegas pela Operação Lava Jato, as obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo devem ser finalmente retomadas. De acordo com o governo do Estado, a previsão é que a empresa espanhola Acciona assuma as obras.
É ela que deve ficar responsável por 50% do consórcio da Linha 6-Laranja, dividindo com outros 50% da Move SP. Segundo o secretario dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, o contrato está quase pronto e deve ser definido até dia 9 de fevereiro.
“Agora, com essa concretização entre os grupos privados, se faz necessário que o Estado dê anuência – porque é responsável por 50% e, claro, é o poder concedente dessa concessão da linha do metrô – para que se concretize, integralmente, toda essa operação, diferentemente de momentos anteriores. Portanto, a etapa faltante, didaticamente, é a anuência por parte do Estado para que se concretize e estabeleça um cronograma físico e financeiro da obra a ser retomado”, disse.
O custo anunciado da obra era de R$ 9 bilhões, divididos entre Estado e concessionária, mas o governo acabou gastando mais: R$ 1,5 bilhão a mais foram gastos, principalmente para desapropriações. Para manter todos os canteiros e a estrutura, o consórcio Move SP gasta R$ 3 milhões por mês.
A nova linha vai ligar a Vila Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, à estação São Joaquim, na região central. A obra inclui 15 quilômetros, com 15 estações e, quando ficar pronta, vai atender 630 mil pessoas diariamente, com trajeto completo de 23 minutos.
A Linha 6-Laranja do Metrô terá integração com duas linhas, 1-Azul e 4-Amarela, e outras duas da CPTM, 7-Rubi e 8-Diamante. Por enquanto, ela já é chamada de “linha das universidades”, por passar pelo entorno de diversas faculdades como PUC-SP, UNIP, FAAP, Mackenzie e FMU.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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