Ministro do Trabalho cobra empresas por aumento salarial: ‘Problema não é a carga tributária, é a ânsia do capital’
Luiz Marinho deu declarações durante o lançamento do Pacto Nacional Pela Inclusão Produtiva das Juventudes, iniciativa do governo em conjunto com a OIT e a Unicef
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, realizou o lançamento do Pacto Nacional Pela Inclusão Produtiva das Juventudes, iniciativa do governo em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta segunda-feira, 11. Na avaliação de Marinho, o Brasil deve gerar, em 2023, 1,8 milhão de vagas de emprego. No entanto, apesar do dado positivo, o ministro destacou que o salário médio do trabalhador está em um patamar baixo em comparação ao lucro das empresas: “É preciso ver a lucratividade de cada grupo econômico. O problema não é a carga tributária, é a ânsia do capital. Todo ano você abre as revistas e vê mais um bilionário brasileiro, isso significa que a carga tributária não o atrapalhou de ficar bilionário no tempo, acredito que seja a lucratividade dele no processo. Portanto, a empresa dele poderia estar pagando mais salário, por exemplo”.
Durante o evento, foi assinado um acordo com empresas e fundações em torno da promessa de inclusão produtiva das juventudes em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho até 2030. “Chamar a atenção e a responsabilidade das empresas para o cumprimento da lei e para colaborar além da lei. As entidades e empresas engajadas e comprometidas podem contagiar positivamente o conjunto das empresas, CEOs e profissionais de recursos humanos”, declarou o ministro do Trabalho.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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