‘Não acho o Congresso esse diabo que as pessoas falam’, diz Manuela D’Ávila
Antes candidata à Presidência pelo PCdoB, depois colocada na fila como vice na chapa do PT, e agora confirmada efetivamente na composição da chapa que tem Fernando Haddad na disputa pelo Palácio do Planalto, Manuela D’Ávila foi deputada federal por oito anos e disse não achar “o Congresso esse diabo que as pessoas falam”.
A afirmação da vice de Haddad foi concedida em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã ao defender que um bom programa pode reunificar o Congresso Nacional em torno do Governo.
“Temos um programa claro, registrado no TSE, no nosso site, e para levarmos esse programa à vida real, teremos que contar com a aprovação do Congresso. Fui deputada federal por oito anos, não acho o Congresso esse diabo que as pessoas falam. Vi esse Congresso aprovar medidas estruturantes que transformaram o Brasil (…) Eu acredito na capacidade de diálogo. A partir de um programa é possível pactuar com o Congresso”, defendeu.
Entre as medidas aprovadas pelo Congresso citadas por Manuela D’Ávila estão a aprovação do uso do fundo do pré-sal para a educação, o Minha Casa, Minha Vida e a política nacional de valorização do salário-mínimo.
Assumidamente comunista, Manuela disse ainda que temos no País um “elemento mais vivo que em outros momentos”, que é a mobilização social. “O mundo nos mostra que quando democratizamos o acesso da população a politica, a mobilização social também pode gerar resultados nos parlamentos. Viveremos a pacificação do Brasil depois dessa eleição, sobretudo com a eleição do Haddad. Teremos ambiente melhor. A radicalidade que foi construída a partir do impeachment vai chegando ao seu fim”, disse.
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