Presidente do BNDES: Brasil não pode trocar de presidente como quem troca de camisa

Paulo Rabello Castro é o novo presidente do BNDES

Para Rabello, o mandatário deverá seguir na direção do reequilíbrio fiscal

Maior obstáculo do Governo não é a conquista de votos no Congresso, mas sim, tempo. A afirmação é do presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, que afirmou que o presidente Michel Temer terá de fazer escolhas neste curto período de que dispõe.

Para Rabello, o mandatário deverá seguir na direção do reequilíbrio fiscal.

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento avaliou a instabilidade política: “estamos concordantes à direita e à esquerda que o Brasil estará cada vez mais vulnerabilizado a essa altura pela pura e simples troca de presidente como quem troca de camisa. Acho que a grande explicação da estabilidade está no fato de que estamos mais próximos do fim do que do começo”.

Sobre a saída dos irmãos Batista do comando da JBS, o presidente do BNDES diz que é quase irrelevante.

No entanto, Paulo Rabello de Castro ressalta que o banco – como sócio minoritário – exige a profissionalização da gestão.

A decisão será debatida em primeiro de setembro e, portanto, não se trata de uma questão de deliberação imediata.

O presidente do BNDES comentou a condição política de Wesley Batista: “ele foi, no passado, um ativo CEO. A gente olhando a trajetória corporativa e não a lambança política, a gente vê uma capacidade de perceber oportunidades de forma extraordinária. Foi um jogador que fez gols, mas isso não significa que o técnico vai escalá-lo no próximo jogo”.

Paulo Rabello de Castro defende que a decisão seja tomada gradualmente, de forma que dê chances para que a empresa recupere espaço financeiro.

Desta forma, a empresa não causará apertos ao setor pecuário brasileiro e voltará a comprar com mais vivacidade.

*Informações da repórter Nanny Cox