Verão começa nesta sexta-feira e pode ser o mais quente da história
Em entrevista à Jovem Pan News, a meteorologista Desirée Brandt, analisa os efeitos do El Niño no território nacional
Tempestades e ondas de calor devem marcar o verão brasileiro, que começa nesta sexta-feira, 22, e promete ser um dos mais quentes da história. Em entrevista à Jovem Pan News, a meteorologista Desirée Brandt, analisa os efeitos do El Niño no território nacional: “De uma forma geral, teremos um verão mais quente e com risco de novos episódios de ondas de calor, principalmente entre fevereiro, março e abril. Como janeiro vai ser um mês ‘molhado’, é mais difícil ocorrerem ondas de calor. Mas em fevereiro, março e abril não estão descartados períodos de ondas de calor”. Além disso, a especialista destaca que as chuvas devem contar com altas rajadas de vento em 2024: “Vai ser um verão marcado mais por episódios de ventania, e isso está relacionado ao fenômeno do El Niño, do que acumulados de chuva. Claro que, em alguns momentos, teremos chuvas mais volumosas que podem provocar alagamentos, mas na maioria das vezes as chuvas serão marcadas por tempestades”.
A meteorologista ressalta que as previsões apontam para um volume de chuvas menor no litoral paulista em 2024. Neste ano, a cidade de São Sebastião contabilizou 65 mortes em deslizamentos de terra causados por um forte temporal durante o Carnaval. A dermatologista Maria Fernanda Camargo ainda alerta que a expectativa de altos índices de radiação ultravioleta faz com que a exposição ao sol necessite de proteção muito além dos cuidados básicos.
“Tem que ter o cuidado redobrado, não só quando vamos à praia e à piscina, mas no nosso dia a dia (…) devemos estar atentos ao horário correto de se exercitar ao ar livre, evitar estas atividades das 10h às 15h, quando o índice de radiação ultravioleta é muito alto. Utilizar roupas adequadas, usar óculos escuros para proteger os olhos e sempre tente escolher um fator de proteção 30 ou superior”, aconselha. A previsão do clima no verão brasileiro segue a tendência de aquecimento global, e o cenário aponta que 2024 pode superar 2023 como ano mais quente registrado na história.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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