Filme sobre Planet Hemp conta a 'história que as pessoas não conhecem', dizem protagonistas

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2018 12h12 - Atualizado em 20/11/2018 02h32
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Johnny Drum/Jovem Pan <p>Renato Góes e Ícaro Silva são os protagonistas de "Legaliza Já - Amizade Nunca Morre"</p>

O Planet Hemp que todo mundo conhece não é exatamente o que será mostrado nas telonas no filme “Legalize Já – Amizade Nunca Morre”, que estreia em 18 de outubro. Pelo menos é isso que garantem os protagonistas Renato Góes, que dá vida a Marcelo D2, e Ícaro Silva, que é o Skunk.

“Os caras usavam maconha como uma bandeira, para chamar a atenção para o que queriam falar, o filme conta a história que as pessoas não conhecem, o início, como surgiu, o filme me pegou muito como espectador por esse lado da amizade, amor e encontro deles dois”, conta Renato.

Ícaro engrossa o coro: “legalize já a gente fala de legalizar amor, saúde, respeito. Eles estavam nos anos 90, Rio de Janeiro, repressão policial, vida difícil, pobres e encontraram na amizade uma forma de se tornar alguém de fato, que faça a diferença”.

Skunk foi o grande incentivador de Marcelo D2 para abraçar a carreira artística. No entanto, ele morreu antes do grupo estourar, vítima de AIDS. “Não temos tanto material do Skunk, ele mora nos olhos do Marcelo. (…) Skunk era sonhador, Marcelo era poeta mas não enxergava seu potencial”, disse Ícaro.

Marcelo D2 participou ativamente da produção do filme e ajudou a compor o personagem ao lado de Renato, com “muitos toques”. “A presença dele e a troca facilita muito e ao mesmo tempo dificulta quanto a comparações, cobranças e até a minha cobrança pessoal. Da mesma forma que eu gostava, era difícil estar lá no corpo do personagem e ver ele no set, ele foi muito legal”.

Maconha

A bandeira em prol da liberação da maconha, para os protagonistas, tinha mais a ver contra a hipocrisia que o tabu gera.

“Nós somos uma sociedade que lida com drogas, temos Rivotril, é uma coisa que as pessoas usam, tem uma política e um consenso em relação a droga de que ela é ruim, mas nem sabemos. (…) Precisamos falar sobre isso, o assunto está dado, não adianta fingir que as pessoas não usam”, analisou Ícaro.

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