Open Banking: o que é e como vai funcionar
O programa em fase de implementação pelo Banco Central promete aumentar a concorrência entre as instituições financeiras
Quanto mais informações o banco tem sobre você, mais fácil o acesso aos serviços que ele oferece. É por isso que, geralmente, o correntista acaba concentrando as movimentações financeiras onde já tem histórico de crédito. Mas isso deve mudar, a partir deste ano, com a implementação do Open Banking, ou Sistema Financeiro Aberto, pelo Banco Central. O programa vai permitir que instituições autorizadas pelo órgão compartilhem dados pessoais e bancários de clientes, mediante consentimento. Como mais bancos terão acesso ao histórico de correntistas, a tendência é que haja maior competição, mais opções para o consumidor buscar tarifas e condições vantajosas e menos burocracia. Tudo isso vai permitir a oferta de produtos e serviços sob medida para cada cliente, conforme explica o chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, João André Calvino Marques Pereira. “O potencial do Open Banking é muito grande. [O cliente] Pode usar pedaços de serviços e informações de várias instituições financeiras e trazer em um mundo compartilhado para aquela pessoa. Estamos falando no limite da pessoa criar seu próprio branco. Tem muita coisa do Open Banking, modelos de negócios, que vão ser criados quando esse compartilhamento for permitido”.
Na prática, o programa vai funcionar da seguinte forma. Imagine um correntista de um banco A interessado nas taxas de empréstimo do banco B, com o qual nunca teve relacionamento. Hoje, essa pessoa teria dificuldades de obter algum crédito no banco B, certo? Com o Open Banking, vai ficar mais fácil. Bastará que o cliente solicite o compartilhamento dos seus dados entre os bancos A e B. Essa solicitação deverá ser feita à instituição que vai receber essas informações, que, no caso, é o banco B. Todo esse processo será feito por meio de canais eletrônicos, que deverão garantir a segurança das informações. Bancos maiores são obrigados a aderir ao Open Banking. Os de porte menor, portanto, podem integrar a rede de forma voluntária. Segundo o Banco Central, a primeira fase do programa já foi implementada e consistiu na disponibilização de informações ao público sobre as instituições participantes. A previsão é que a fase 2 seja concluída em julho deste ano, quando os clientes já poderão solicitar o compartilhamento de seus dados. A expectativa é que, até o fim de 2021, o sistema esteja em pleno funcionamento. Tá Explicado?
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