Balança comercial: Brasil fecha 2020 com superávit de US$ 51 bilhões

Entre os produtos que tiveram recordes de volume exportado, estão, em primeiro lugar, óleos brutos de petróleo e de minerais, seguidos de açúcares e melaços, farelos de soja e outros alimentos para animais

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2021 18h42 - Atualizado em 04/01/2021 18h50
Reprodução/YouTube Subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, e o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, durante coletiva de imprensa remota nesta segunda-feira, 4

O Brasil começou 2021 com saldo positivo de U$ 51 bilhões na balança comercial, segundo dados do Ministério da Economia. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o país exportou US$ 209,9 bilhões, 6,1% a menos que em 2019, e importou US$ 158,9 bilhões, valor 9,7% menor que no ano anterior. Os resultados apontam um crescimento do superávit – quando as exportações superam as importações – de 7% em relação a 2019, que fechou o ano com saldo de US$ 48 bilhões. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa da Secretaria de Comércio Exterior na tarde desta segunda-feira, 4. Entre os produtos que tiveram recordes de volume exportado, estão, em primeiro lugar, óleos brutos de petróleo e de minerais, seguidos de açúcares e melaços, farelos de soja e outros alimentos para animais.

Com relação apenas ao mês de dezembro, as exportações somaram US$ 18,4 bilhões, registrando uma queda de 5,3% em comparação com o mesmo mês de 2019. Já as importações cresceram 39,9% e também totalizaram US$ 18,4 bilhões. Assim, a balança comercial no mês registrou déficit de US$ -0,04 bilhões, com queda de 100,7%. No setor agropecuário, que somou US$ 2,46 bilhões, houve queda de 21,4% no desempenho em relação a dezembro do ano anterior. Em indústria extrativa a queda foi de 8,8% (US$ 4,76 bilhões) e, por fim, crescimento de 0,9% na indústria de transformação, que alcançou US$ 11 bilhões. A combinação destes resultados levou à queda do total das exportações.

Sobre o superávit acumulado ao longo do último ano, o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, explicou que “a forte resiliência das exportações brasileiras foi em muito influenciada pelo ritmo de recuperação da região asiática”.  Ainda segundo o secretário, enquanto no Brasil o maior impacto negativo foi verificado em janeiro de 2020, no resto do mundo, onde o volume exportado foi mais duramente atingido, a recuperação ocorreu a partir de maio.  De acordo com a pasta, a expectativa para 2021 é de recuperação e crescimento na economia. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que a economia mundial cresça na ordem de 4,2%, apesar do nível de incerteza ainda elevado. E, no caso do Brasil, o Banco Central espera um crescimento no PIB entre 3,2% a 3,8%. Em relação à balança comercial, a expectativa do Ministério da Economia é de superávit maior, chegando a US$ 53 bilhões em 2021.

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