Bolsonaro mostra mensagens de Zambelli e Moro que provariam que não houve interferência na PF

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2020 20h21 - Atualizado em 14/05/2020 20h29
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Jair Bolsonaro é o atual presidente da República do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (14) durante sua live semanal, que mensagens trocadas pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP) com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro são “a pá de cal na história de interferir na Polícia Federal”. Ele exibiu uma reprodução das mensagens em seu celular.

Zambelli prestou depoimento na sede da PF, em Brasília, nesta quarta. Na troca de mensagens mostrada por Bolsonaro, a deputada pede para conversar com Moro por diversas vezes. “O Valeixo pediu para sair, não tem porque você sair, ministro; ‘Tô’ aqui no MJ no seu andar; Por favor, me dá 5 minutos. O Planalto que pediu, mas estou vindo não como parlamentar, mas como sua admiradora.”

O então ministro responde: “Se o PR [presidente] anular o decreto de exoneração, ok”. Zambelli teria respondido: “Vou lá tentar falar com ele”.

Moro acusou Bolsonaro de trocar o comando da PF para obter informações e relatórios sigilosos de investigações e pediu demissão do governo em 24 de abril.

Desde as acusações feitas por Moro, o Supremo investiga o caso. A relatoria está com o ministro Celso de Mello.

‘Saúde é o que interessa’

Na live, o presidente voltar a abordar a inclusão de salões, barbearias e academias como atividades essenciais, em decreto editado nesta semana.

“Tivemos dois decretos, da atividade industrial e liberamos também as academias, porque como diz o Paulo Cintura, saúde é o que interessa. Então salão de beleza, academia e barbearia podem funcionar. Alguns governadores disseram que não vão cumprir, eles podem tentar anular o decreto via Congresso ou entrar na Justiça. O Brasil não suporta mais ter esse bloqueio tão grande no comércio”, disse.

Vídeo de reunião

O presidente voltou a comentar também o vídeo da reunião interministerial do dia 22 de abril, na qual Moro esteve presente. Ele defende a divulgação de 20 minutos que, segundo ele, são “pertinentes ao inquérito” que está no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Da minha parte autorizo divulgar 20 minutos e o restante a gente vai brigar por ser uma reunião reservada. Tem palavrão? Tem. É minha maneira de ser. Pedimos que se entenda que era uma reunião reservada, não existe a PF e superintendência ali. Eu falo da segurança da minha família”, disse.

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