Votação da PEC do Orçamento de Guerra pode acontecer nesta sexta

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2020 11h09
Michel Jesus/Câmara dos Deputados Sessão na Câmara dos Deputados, com alguns parlamentares de pé, mesas com computadores e uma deputada falando através de um telão Lideranças debateram durante toda quinta-feira (2) para tentar resolver todos as discordâncias em relação ao texto

Os deputados vão tentar finalizar ainda nesta sexta-feira (3) a votação da proposta de emenda constitucional chamada de Orçamento de Guerra.

O texto segrega as contas da União durante a crise do coronavírus e dá mais liberdade e segurança jurídica para o governo avançar com os gastos em tempos de pandemia.

Lideranças debateram durante toda quinta-feira (2) para tentar resolver todos as discordâncias em relação ao texto. O governo já deu seu aval à medida.”Conversamos muito durante toda a semana e construímos juntos”, disse o líder do governo na Câmara Major Vitor Hugo (PSL-GO).

O ponto de discordância que havia com o Executivo foi ajustado antes da leitura do relatório. O governo se preocupava com a redação do trecho sobre a possibilidade de o Legislativo sustar as decisões do comitê que será criado para fazer a gestão dos recursos na crise.

A versão anterior dizia que é dado poder ao Congresso para sustar qualquer decisão “em caso de ofensa ao interesse público ou de extrapolação dos limites da sua ação”. A atual diz que a prerrogativa é para “caso de irregularidade ou de extrapolação aos limites do artigo”.

Agora, lideranças ainda debatem sobre pontos sobre a atuação do Banco Central. A instituição poderá comprar e vender direitos creditórios e títulos privados de crédito em mercados secundários.

O montante total de compras de cada operação deverá ser autorizado pelo Tesouro e imediatamente informado ao Congresso. As operações vão exigir aporte de capital de pelo 25% do Tesouro. Esse porcentual ainda é um entrave para algumas lideranças e poderá ser alterado.

Outro ponto ainda em debate é sobre os depósitos voluntários no Banco Central, que acabou ficando de fora do relatório do deputado Hugo Motta (Republicanos-RR) lido em plenário.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.