Faturamento da indústria cresce em setembro e alcança melhor índice desde 2015

Utilização da capacidade instalada chega a 79,4% e também é o maior registrado em cinco anos

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2020 10h01
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Arquivo/Agência Brasil Indústrias Índices ainda sofrem efeitos das quedas históricas de abril e março

A atividade industrial brasileira manteve o ritmo de crescimento em setembro e registrou índices melhores aos vistos antes da pandemia do novo coronavírus, revelou levantamento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgado nesta sexta-feira, 6. A utilização da capacidade instalada (UCI) chegou a 79,4%, melhor índice desde junho de 2015, enquanto o faturamento do setor continuou em alta e chegou ao número mais alto desde outubro de 2015. O indicativo acumula alta há cinco meses consecutivos, e em agosto já havia registrado valor maior do que o visto antes da crise gerada pela Covid-19. A empregabilidade do setor também foi positiva em setembro, com alta de 0,5% em comparação a agosto, registrando o segundo mês consecutivo de avanço. Já as horas trabalhadas na produção aumentaram 2,8% entre setembro e agosto, chegando próximo ao nível de fevereiro.

O quinto aumento consecutivo do faturamento colocou o índice registrado em setembro 12,6% acima do mesmo mês em 2019. No acumulado do ano, porém, está 1,9% abaixo do visto em 2019 devido aos tombos históricos de março e abril. As horas trabalhadas na produção também alcançaram a quinta alta seguida em setembro, ficando 0,8% menores das registradas em fevereiro. A empregabilidade no setor, que foi o mais atingido pela retração histórica de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, chegou ao segundo mês seguido de alta após crescimento de 1,3% em agosto. Na comparação com setembro de 2019, o empregou recuou 1,7%, enquanto no acumulado do ano, em paralelo ao mesmo período de 2019, a queda foi de 2,6%.

Já a massa salarial avançou 0,3%, após alta de 6,1% em agosto. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice etá 2,8% abaixo, já que parte do setor adotou as medidas de suspensão de contrato ou redução das horas de trabalho oferecidas pelo governo federal. O rendimento real dos trabalhadores foi o único item aferido que registrou queda. O indicativo retraiu 0,5% em setembro, depois de subir 4,6% em agosto. O rendimento médio também é afetado pelos programas de manutenção dos empregos.

 

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