Corte de apelações dos EUA confirma sentença contra Trump por difamação

Júri determinou que o presidente americano agiu com malícia em seus muitos comentários públicos sobre a autora E. Jean Carroll

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2025 13h54
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EFE/EPA/WILL OLIVER/PISCINA Donald Trump Em 2023, outro júri federal considerou Trump responsável de agredir Carroll sexualmente no provador de uma loja em 1996

Uma corte de apelações dos Estados Unidos confirmou, nesta segunda-feira (8), uma multa de US$ 83,3 milhões (aproximadamente R$ 450 milhões, na cotação atual), imposta por um júri contra o presidente Donald Trump por difamar a autora E. Jean Carroll, a quem a Justiça determinou que ele agrediu sexualmente. “Concluímos que o tribunal distrital não cometeu erros em nenhuma das decisões recorridas e que as indenizações concedidas pelo júri foram razoáveis à luz dos fatos extraordinários e atrozes deste caso”, escreveu o Tribunal de Apelações do Segundo Circuito.

A ordem de janeiro de 2024 consistiu em US$ 65 milhões (aproximadamente R$ 322 milhões, em valores da época) em danos punitivos, depois que o júri determinou que Trump agiu com malícia em seus muitos comentários públicos sobre Carroll; US$ 7,3 milhões (R$ 36 milhões) em danos compensatórios e US$ 11 milhões (R$ 54,4 milhões) para financiar uma campanha online para reparar a reputação da autora.

Carroll tinha pedido à justiça civil uma compensação por danos de 10 milhões de dólares (R$ 49,5 milhões). Na ocasião, Trump – a quem um júri considerou responsável por agredir sexualmente Carroll em um caso civil federal em separado em Nova York – usou sua plataforma, Truth Social, para publicar uma série de mensagens ofensivas atacando Carroll, o julgamento e o juiz, a quem chamou de “uma pessoa extremamente abusiva”.

Carroll, de 81 anos, alegou que Trump a difamou em 2019, quando tornou públicas pela primeira vez suas acusações de agressão, ao dizer que ela não fazia seu “tipo”. Foi mostrada aos jurados a declaração de Trump de outubro de 2022, na qual ele confundiu uma foto de Carroll com a de sua ex-esposa Marla Maples, o que pôs em dúvida a afirmação de que a autora não fazia seu “tipo”.

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Em 2023, outro júri federal considerou Trump responsável de agredir Carroll sexualmente no provador de uma loja em 1996 e posteriormente de difamá-la em 2022, quando a chamou de “uma fraude completa”.

*Com informações da AFP
Publicado por Fernando Dias

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