Defesa de Bolsonaro grava vídeo e mostra à PF como é fácil se atrapalhar ao compartilhar posts nas redes sociais

Ex-presidente prestou depoimento na sede da Polícia Federal, nesta quarta-feira, 26, no inquérito que apura os atos de 8 de Janeiro

  • Por Brasília
  • 26/04/2023 16h44 - Atualizado em 26/04/2023 17h18
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Isac Nóbrega/PR - 30/09/2021 Jair Bolsonaro faz selfie com apoiadores durante visita a obras do metrô de BH Jair Bolsonaro alegou que compartilhou por engano vídeo postado por uma seguidora do Facebook

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, ouvido pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 26, anexou aos documentos da defesa um vídeo em que é mostrado como funciona o mecanismo de compartilhamento de conteúdos no Facebook. O objetivo era exemplificar a facilidade em que o ex-presidente teria tido para se confundir ao postar o vídeo com ataques ao sistema eleitoral, dois dias depois dos atos de 8 de Janeiro. Bolsonaro é investigado no inquérito da PF que apura quem são os autores intelectuais envolvidos na manifestação que destruiu as sedes dos Três Poderes. O ex-presidente afirma que estava sob efeitos de remédios quando fez a postagem do vídeo, publicado dois dias depois das manifestações na Esplanada, e que teria clicado por engano no botão de compartilhamento. O vídeo foi anexado como peça da defesa foi gravado pelos advogados. Bolsonaro prestou depoimento por mais de duas horas na sede da Polícia Federal, cumprindo determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Conforme a Jovem Pan mostrou, em depoimento, Jair Bolsonaro alegou que compartilhou “por engano” no dia 10 de janeiro o vídeo postado por uma seguidora do Facebook com questionamentos à vitória de Lula nas eleições. O ex-presidente disse que queria enviar o vídeo para seu WhatsApp para assistir posteriormente, mas acabou teclando errado e repostando o conteúdo publicamente no feed. Mesmo deletada de seu perfil três horas depois, a publicação serviu de argumento ao ministro Alexandre de Moraes para ouvi-lo no âmbito do inquérito do 8 de Janeiro.

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