Tráfego na Rio-Santos será suspenso preventivamente quando houver novos sinais de deslizamentos

Temporais afetam o litoral norte de São Paulo, levando autoridades a se anteciparem a eventos trágicos que podem ocorrer

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2023 07h20 - Atualizado em 02/03/2023 16h21
Sérgio Barzaghi/ Governo do Estado de SP Veículos trafegam em uma Rio-Santos enlamaçada Interdições na rodovia Rio-Santos passam a ser feitas de maneira preventiva

Uma preocupação das autoridades em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, é com o tráfego na rodovia Rio-Santos. Com os temporais que voltaram a afetar a região, ao menor sinal de perigo de novos deslizamentos de terra, o trânsito é interrompido nas áreas críticas da pista. O coordenador operacional do 6º batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, capitão Mário Celso Tonini, indica que a segurança dos usuários vem em primeiro lugar. “O trabalho está sendo de monitoramento nos locais mais críticos. E, quando nós temos alguns locais que podem ter algum tipo de problema, nós fazemos a interrupção temporária até que se normalize a situação e volte a ter fluidez no trânsito”. Já a rodovia Mogi-Bertioga continua interditada e sem prazo para liberação. As obras no km 82, o mais prejudicado, já foram iniciadas.

Com previsão de chuvas fortes até a quinta-feira, 2, os temporais vêm dificultando ainda as buscas pelo último desaparecido no bairro da Baleia Verde, também em São Sebastião. Bombeiros que trabalham por lá tiveram dificuldades para sair do local. O subcomandante da corporação, coronel Vitor de Freitas Carvalho, destaca que o único meio de chegar é por helicóptero. E que o mau tempo provocou demora na retirada das equipes, que contam com o apoio de moradores das redondezas — apesar de desabrigados, eles estão auxiliando na tentativa de encontrar o homem. “Para a gente direcionar o nosso trabalho de buscas, tem que levantar uma série de informações. E muitas das informações são dadas pelos próprios moradores da região, que têm bastante familiaridade com o local e podem nos dar informações importantes quanto à localização dos imóveis, os melhores acessos, as particularidades de cada uma das casas, para que a gente possa trabalhar de forma objetiva”. Dezenas de homens de várias corporações permanecem empenhados nas atividades. De acordo com o capitão da polícia militar Fabrício Ricardo Paluri Cunha, a mobilização vai durar até encontrar o desaparecido: “Ninguém vai ficar para trás. Enquanto essa última vítima não for localizada, nós iremos permanecer até que seja necessário. Não importa o tempo que isso dure”.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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