Entenda o sobe e desce da Bolsa de Valores e como o Ibovespa é calculado

Mesmo em meio aos impactos da pandemia, o principal índice da B3 registrou, na segunda semana de junho, a maior série de ganhos desde 2018, renovando máximas e fechando acima dos 130 mil pontos; saiba como funciona o indicador

  • Por Lívia Zanolini
  • 11/06/2021 15h25 - Atualizado em 12/06/2021 13h00
Pixabay / geralt Como é calculada a pontuação no Ibovespa O Índice Bovespa é uma carteira teórica de ações que tem como objetivo revelar as expectativas dos investidores e medir o ânimo do mercado

A B3, que é a Bolsa de Valores brasileira, é uma das alternativas com maior potencial de retorno entre todos os tipos de investimentos, mas, por outro lado, também é a que oferece maior risco. Lá, investidores compram e vendem ativos financeiros, como as ações, que são frações do capital de empresas, títulos públicos e privados, contratos futuros e commodities. Depois de atingir os 125 mil pontos em janeiro deste ano, o Ibovespa, que é o principal índice que mede o desempenho das ações na B3, voltou cair, refletindo as incertezas fiscais e as preocupações com a segunda onda da pandemia da Covid-19. Até que, em junho, os índices retomaram a escalada de crescimento, registrando a maior série de ganhos desde 2018, renovando máximas e fechando acima dos 130 mil pontos.

O economista Pablo Spyer, apresentador do Minuto Touro de Ouro na Jovem Pan, explica que o Índice Bovespa é uma carteira teórica que muda a cada três meses e que tem como objetivo revelar as expectativas dos investidores e medir o ânimo do mercado de ações. “[O índice é composto por] diversas ações, se não me engano umas 80 ações. E elas têm um peso teórico. Por exemplo, a Vale representa mais ou menos 10% desse índice, Petrobras também, Bradesco, Itaú. Se a Vale representa 10% do índice e a Vale estava custando R$100, ela representa R$10 no índice. Daí você soma todas [as ações], multiplica pelo seu peso e você chega, vamos supor, aos 120 mil pontos. E aí, cada contrato de índice vale R$ 120 mil. Se você tiver 100 contratos, equivale a R$ 12 milhões. O problema é que, se cair 10%, você perde R$ 1,2 milhão. Mas, se subir 10%, você ganha R$ 1,2 milhão”.

Em relação às oscilações do mercado de ações, Spyer recomenda cautela e diversificação da carteira, principalmente aos investidores iniciantes. “Você tem que investir devagar, tem que conhecer as empresas que você está comprando. Quem está começando, não deve especular, deve investir. Se você pegar 10% do seu patrimônio e colocar na Bolsa, você está especulando, não está investindo. Para investir, você tem que diversificar os setores. Dentro dos setores, diversificar as ações. E não se esquecer que tem que diversificar no tempo [certo]. Tem que entrar devagar e investir um pouquinho todo mês”, orienta. Tá Explicado? 

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