Corregedoria abre inquérito para averiguar conduta de PMs em baile funk

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2019 12h26
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ESTADÃO CONTEÚDO paraisopolis-protesto-massacre Moradores protestam contra a morte de nove pessoas em Paraisópolis

A Polícia Militar (PM) de São Paulo informou, nesta segunda-feira (2), que a Corregedoria da corporação abriu um inquérito para averiguar a conduta dos agentes que atuaram em Paraisópolis, onde nove pessoas morreram em um baile funk na madrugada de domingo (1º). Em nota, a PM diz que todas as circunstâncias serão apuradas.

As armas dos policiais foram apreendidas e encaminhadas para perícia. O 89º DP [89º Distrito Polícial] também instaurou inquérito”, diz o comunicado, acrescentando que os agentes escalados para a missão na comunidade, localizada na zona sul da capital paulista, já foram ouvidos.

Por volta das 11h de hoje, familiares das vítimas compareceram à unidade responsável pelo caso. A irmã de um dos jovens mortos – o operador de telemarketing Bruno Gabriel dos Santos, de 22 anos -, professora Ivanini Siqueira, disse que ele estava na companhia de amigos e não conseguiu se desvencilhar do fluxo de pessoas quando o público do baile funk tentava sair do local.

A família é de Mogi das Cruzes, município onde o rapaz deve ser enterrado. “Eles levaram garrafada. Foi todo mundo correndo. Eles estavam em um grupinho de cinco e ele foi o único que não conseguiu correr. Correu pro lado errado, e os outros correram pro outro lado e conseguiram se salvar”, contou Ivanini Siqueira.

Ivanini disse que não tem forças para acompanhar o noticiário e que espera justiça. Ela suspeita que Bruno tenha sido vítima de violência policial, porque assistiu a um vídeo em que a posição do seu corpo sugere que ele tenha sido agredido. “Ou ele foi pego com alguma coisa na cabeça dele, ou ele foi pego de frente, porque, [do contrário], por que é que o corpo estaria [virado] para cima? Não tem lógica isso”, questionou.

“Agora a gente está correndo atrás para poder levar o corpo para Mogi [das Cruzes] e pedir justiça, basicamente, para saber o que realmente aconteceu, por que esses jovens não puderam se defender, porque eles foram pegos tão de surpresa”, finalizou.

*Com informações da Agência Brasil

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