Ministério da Saúde diz que pode começar a vacinar crianças em janeiro, ‘após ouvir a sociedade’

Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 da pasta defendeu segurança das vacinas para a faixa etária entre 5 e 11 anos em nota enviada ao STF

  • Por Jovem Pan
  • 27/12/2021 16h21 - Atualizado em 27/12/2021 16h25
Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo Sob uma mesa de vidro, dois frascos com vacinas e duas vacinas, com um símbolo da Pfizer se destacando atrás Vacina da Pfizer com dose menor foi aprovada pela Anvisa para crianças entre 5 e 11 anos

O Ministério da Saúde afirmou nesta segunda, 27, que pode começar a vacinar crianças contra a Covid-19 já em janeiro, após concluir a consulta pública sobre o tema em seu site. O posicionamento da pasta ocorreu após a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde encaminhar uma nota técnica ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirma que a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos é segura. Em nota enviada à Jovem Pan, o Ministério da Saúde disse que defende a inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) e que, ‘após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro’.

O posicionamento da Secretaria foi enviado ao Supremo Tribunal Federal como forma de fornecer substrato em uma ação movida pelo PT contra o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) por um prazo maior para divulgar o cronograma de vacinação das crianças. “Antes de recomendar a vacinação da covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, diz a nota, assinada pela chefe da Secretaria, Rosana Leite de Melo. O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, havia concordado com a AGU e estendido o prazo para divulgação do cronograma de vacinação de menores para o dia 5 de janeiro. Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ‘ainda não se sabem efeitos adversos futuros’, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu que as vacinas em crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas mediante receita médica anterior. Uma consulta pública sobre o tema foi aberta no site do Ministério da Saúde e está prevista para durar até o dia 2 de janeiro, embora a Anvisa já tenha aprovado a vacina da Pfizer para a faixa etária.

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