Dólar chega a R$ 5,20 com aprovação de vacina; Ibovespa oscila e cai para 110 mil pontos

Mercados ficam instáveis após aprovação de imunizante e anúncio de vacinação em massa no Reino Unido

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2020 11h30 - Atualizado em 02/12/2020 11h31
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Fotos Públicas Divisa norte-americana mantém viés de baixa com bom humor nos mercados internacionais

Após um dia de fortes altas nas bolsas internacionais, o mercado oscila nesta quarta-feira, 2, com os investidores avaliando o impacto da aprovação  no Reino Unidos da vacina da Pfizer contra o novo coronavírus e o início da imunização na próxima semana. Após abrir em queda e chegar a R$ 5,207, o dólar inverteu o sinal e passou a subir. Às 11h25, a moeda avançava 0,08%, cotada a R$ 5,232. A divisa norte-americana fechou a véspera com forte queda de 2,21%, a R$ 5,227, o menor valor desde 31 de julho. A falta de direção também influencia a Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, principal índice da B3, operava com recuo de 0,56%, aos 110.773 pontos. No primeiro pregão do mês, o índice fechou com avanço de 2,30%, aos 111.399 pontos.

A agência reguladora de medicamentos do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) aprovou o imunizante contra o novo coronavírus desenvolvido pela Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech. Segundo o premiê Boris Johnson, a campanha de vacinação deve iniciar já na próxima semana. O país é o primeiro do ocidente a aprovar um imunizante contra a Covid-19. A farmacêutica norte-americana ainda espera pela autorização do uso emergencial da sua vacina em outros países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, no entanto, o Ministério da Saúde já descartou a possibilidade de usar essa vacina por causa das condições especiais de armazenamento, como temperaturas abaixo de -70ºC. Já a Rússia anunciou no início da semana que deu largada na vacinação em massa da sua população com o imunizante Sputink V.

Apesar da euforia com o cenário internacional, investidores acompanharam com cautela o noticiário doméstico. O mercado teme o aumento do descontrole fiscal com o avanço da pandemia em diversas regiões do país. Nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscou trazer calma ao mercado ao afirmar que perpetuar alguns benefícios seria o caminho para o “insucesso”, se referindo a uma nova extensão do auxílio emergencial. Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou que o benefício será encerrado em 31 de dezembro. Também pressiona o humor dos investidores o marasmo para aprovação de pautas importantes para a reestruturação da economia antes do recesso no Legislativo, marcado para 22 de dezembro. Ontem, o presidente do SenadoDavi Alcolumbre (DEM), informou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será pautada em 16 de dezembro. Além do Orçamento para 2021, o mercado aguarda pela aprovação das PECs Emergencial e do Teto de Gastos para maior segurança na manutenção do teto de gastos, e das etapas complementares das reformas tributária e administrativa.

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