Eleições americanas 2020: entenda como funciona o sistema eleitoral

Em 2016, Hillary Clinton teve mais votos que Donald Trump, mas mesmo assim não foi eleita presidente dos Estados Unidos; saiba por quê

  • Por Lívia Zanolini
  • 16/10/2020 10h00 - Atualizado em 16/10/2020 13h55
EFE No dia 3 de novembro, os americanos voltam às urnas para decidir se Trump continua à frente da Casa Branca ou Biden será o novo presidente

Enquanto, no Brasil, os eleitores escolhem diretamente nas urnas o candidato que assumirá a presidência, nos Estados Unidos a eleição é indireta. São os votos do Colégio Eleitoral que determinam quem será o próximo presidente do país. Tudo começa nas prévias, quando cada um dos 50 estados vota nos candidatos que vão disputar as eleições por cada partido. Esta escolha pode ser feita por meio de votações em seções eleitorais, que são as primárias, ou durante reuniões de grupos de eleitores. Com base nos resultados, os partidos decidem os delegados que vão representar cada candidato nas convenções partidárias. É nesse momento que as candidaturas finalmente são definidas. Na sequência, começam as campanhas e debates em todo o país.

As eleições gerais para escolha do presidente acontecem na primeira terça-feira de novembro, quando os eleitores vão às urnas escolher quem eles querem para no comando da Casa Branca. Neste ano, a disputa é entre o presidente Donald Trump, do partido Republicano, e o democrata Joe Biden. Apesar de os votos serem atribuídos diretamente aos candidatos, eles servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral, que é um órgão formado por um conjunto de eleitores que representam a população. Na prática, funciona assim. Imagine que, em um estado representado por 10 delegados, um candidato “X” tenha recebido 52% dos votos e o “Y”, 48%. O candidato “X”, por ter tido o apoio da maior parte da população, mesmo que por uma pequena diferença, leva todos os 10 delegados do estado, enquanto o “Y”, nenhum.

Em todo o país, o Colégio Eleitoral é formado por 538 delegados, distribuídos pelos estados de acordo com a quantidade de representantes no Congresso. O candidato vence a eleição quando conquista a maioria do colegiado, ou seja, 270 delegados. E a vitória nos estados com maior número de habitantes pode ser decisiva. Se o candidato ganha nos onze mais populosos, mesmo que ele perca nos outros 39, já alcança a quantidade mínima de delegados para ser eleito. Foi mais ou menos o que aconteceu com as eleições entre Donald Trump e Hillary Clinton em 2016. Embora Hillary tenha recebido maioria dos votos populares, Trump venceu em estados decisivos e conquistou a maioria do Colégio Eleitoral. Em novembro, os americanos voltam às urnas para decidir se Trump continua à frente da Casa Branca ou Biden será o novo presidente. Tá explicado?

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