Vacina da alemã CureVac entra na terceira fase de testes no Peru

Segundo o governo peruano, em 9 de fevereiro, as primeiras das 38 milhões de doses do laboratório chinês Sinopharm devem chegar

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2021 20h03 - Atualizado em 30/01/2021 20h12
EFE/Jeroen Jumelet/Arquivo A expectativa é que os primeiros lotes das 14 milhões de doses do laboratório britânico AstraZeneca comecem a chegar no segundo trimestre deste ano no país; o governo ainda está em negociações para adquirir outros 59 milhões de imunizantes de outros laboratórios

A farmacêutica alemã CureVac lançou, esta semana, no Peru, a terceira fase de testes clínicos de sua vacina contra a Covid-19, com a convocação de cerca de 10 mil voluntários para testar a eficácia e segurança do tratamento. Conforme comunicado, o registro para participar desta última fase de ensaios clínicos em grande escala está aberto e a pesquisa é conduzida pela diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH),  Theresa Ochoa. A especialista destacou a importância do estudo e que haja múltiplas vacinas disponíveis para atender às necessidades da população mundial. “É de grande ajuda que peruanos saudáveis ​​com 18 anos ou mais participem deste estudo. Podemos retornar à ‘normalidade’ mais rápido se trabalharmos juntos. A ajuda de todos é crucial para isso”.

Neste sábado, o jornal El Comercio noticiou que, desde o início da convocação para os ensaios do CureVac no país, em 22 de janeiro, cerca de 5 mil voluntários já se inscreveram. Na reportagem, Ochoa esclarece “que a vacinação é provavelmente a única arma” para controlar a pandemia. “As vacinas são os principais instrumentos de saúde pública para prevenir infecções, bem como controlar o seu desenvolvimento. Dada a atual evolução desta pandemia no mundo, as vacinas são a nossa esperança”, afirmou. Segundo informações da farmacêutica, o imunizante será administrado em duas doses, com intervalo de quatro semanas e, no total, os participantes serão acompanhados por mais de 2 anos para determinar a segurança em longo prazo, além da eficácia.

No Peru, o estudo do Instituto de Medicina Tropical “Alexander von Humboldt” da UPCH foi aprovado pelo Comitê Nacional de Ética e pelo Instituto Nacional de Saúde (INS). Participarão, também, o Instituto de Pesquisas Nutricionais, o Centro de Pesquisas Tecnológicas, Biomédicas e Ambientais, a Associação Civil Impacta, o Hospital Nacional Arzobispo Loayza, o Hospital Chancay e a clínica San Martín.

Primeiro lote de vacinas

Com mais de 1,1 milhão de casos e 40.600 mortes por Covid-19, o governo peruano anunciou que, em 9 de fevereiro, as primeiras das 38 milhões de doses de vacinas que concordou em comprar devem chegar do laboratório chinês Sinopharm. O transporte será feito por meio da empresa DHL, a holandesa KLM, que recolherá a carga em Pequim e a levará para Lima após escala em Amsterdã. A ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, garantiu que estão “preparados para iniciar a vacinação” e que as primeiras doses serão para os trabalhadores da saúde, forças de segurança e pessoal da linha da frente no combate à pandemia. A ministra das Relações Exteriores, Elizabeth Astete, informou que o governo já está trabalhando para pagar e encerrar o embarque dos próximos lotes de Sinopharm, que serão mais 500 mil doses em fevereiro e 1,5 milhão de doses em março.

Outras vacinas

O executivo também está em conversas para que os primeiros lotes das 14 milhões de doses que vai adquirir do laboratório britânico AstraZeneca comecem a chegar no segundo trimestre deste ano. Algo semelhante é esperado da iniciativa multilateral Covax, que vai proporcionar 13,3 milhões de imunizantes ao Peru. Astete acrescentou que estão “muito próximos” de fechar acordos com os laboratórios norte-americanos Pfizer, por 9,9 milhões de doses, e Jhonson & Jhonson, por 5 milhões, e estão em negociações para adquirir mais 44 milhões de doses com os laboratórios CureVac (13 milhões), Moderna ( 12 milhões), Novavac (12 milhões) e Sinovac (7 milhões).

*Com informações da EFE

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