Variante Delta: o que se sabe sobre a cepa indiana do coronavírus que preocupa o mundo

A explosão de casos da nova linhagem, nos últimos meses, acendeu o sinal de alerta em vários países; apontada como responsável pela onda de novas infecções no Reino Unido, já faz vítimas, inclusive, no Brasil

  • Por Lívia Zanolini
  • 09/07/2021 15h24 - Atualizado em 09/07/2021 16h54
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EFE/Federico Anfitti/Archivo A variante Delta é responsável por, pelo menos, duas mortes no Brasil A variante Delta apresenta fortes indícios de ser ainda mais transmissível, porém ainda não há relatos de que seja mais agressiva e letal

Já se passaram quase 20 meses desde o primeiro registro oficial de Covid-19 no mundo. O vírus se espalhou pelos continentes infectando mais de 180 milhões de pessoas e deixando quatro milhões de mortos. E, enquanto o coronavírus se replica, naturalmente vão surgindo as mais variadas mutações genéticas, sendo que quatro delas mantêm a comunidade científica em alerta e, recentemente, passaram a ser identificadas pelas letras do alfabeto grego: a variante Alfa, detectada, pela primeira vez, no Reino Unido; a variante Beta, descoberta na África do Sul; a variante Gama, primeiramente identificada em Manaus, no Brasil, e a variante Delta, descoberta na Índia. A cepa indiana é a maior preocupação do momento. Segundo estudos, ela apresenta fortes indícios de ser ainda mais transmissível, porém ainda não há relatos de que seja mais agressiva e letal.

Até o final de junho, pelo menos 11 casos da variante Delta haviam sido registrados no Brasil e dois óbitos foram confirmados. No dia 5 de julho, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo detectou o primeiro caso na capital. Mas especialistas alertam que o número de contaminações pela nova cepa pode ser muito maior, já que, aqui no país, a vigilância genômica, que é responsável pelo rastreio e sequenciamento genético dos vírus, ainda é deficitária. A boa notícia é que, por enquanto, as vacinas disponíveis têm se mostrado eficazes contra todas as variantes. O médico Rodrigo Stabeli, que é diretor da Fiocruz em São Paulo e consultor da Organização Mundial de Saúde na área de Genômica, explica que manter as medidas de prevenção é fundamental para evitar uma nova explosão de casos e o surgimento de novas cepas.

Máscara previne a doença. A vacina previne a letalidade da doença. Quando eu tomo a vacina, não quer dizer que eu não possa pegar coronavírus. Quer dizer que eu posso pegar coronavírus e ter grandes chances de pegar a fase leve da doença e não evoluir para a gravidade e para o óbito. Se a gente fizer o uso correto da nossa máscara, manter o distanciamento, a nossa etiqueta, a gente vai prevenir a nós mesmos e a quem a gente gosta também. Porque a gente pode ter uma Covid leve, [mas] a pessoa que está junto comigo pode ter uma doença grave e chegar a óbito. Então eu acho que esse é o recado que a gente precisa passar para todo mundo”, orienta Stabeli.  Tá Explicado?

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