Tiroteios, intolerância, feminicídio: os crimes que marcaram 2019
É impossível falar sobre 2019 e não lembrar de crimes que chocaram o Brasil e o mundo. Logo em março, um massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, vitimou dez pessoas – entre elas, os dois autores do crime. Esse foi o primeiro de, pelo menos, três outros ataques em instituições de ensino na América. Apenas nos Estados Unidos, duas escolas e uma universidade foram alvos de atiradores que mataram, juntos, seis pessoas.
Quinto país em mortes violentas de mulheres no mundo, o Brasil registrou inúmeros casos de feminicídio neste ano. Não à toa, de acordo com uma pesquisa da Rede de Observatórios, os casos registraram alta de 13% no ano de 2019 em relação a 2018. Basta lembrar, por exemplo, da história de Elaine Caparroz, espancada durante quatro horas em fevereiro.
Para além das mortes violentas e intolerâncias, o Brasil também viu roubos grandiosos acontecerem, como o de cerca de uma tonelada de ouro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, que entrou para a lista de crimes milionários do país.
A Jovem Pan listou os principais crimes nacionais e internacionais do ano. Confira:
Brasil
Paisagista agredida, Rio de Janeiro
Em fevereiro, a paisagista Elaine Caparroz, de 55 anos, foi espancada durante quatro horas pelo advogado Vinícius Batista Serra, de 27 anos. A empresária conheceu Vinícius em uma rede social e estava conversando com ele há oito meses quando, no dia 16, decidiram se encontrar pela primeira vez. Elaine o convidou para jantar em seu apartamento, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
De madrugada, ela acordou sendo agredida violentamente. Os gritos de Elaine acabaram chamando a atenção de vizinhos e dos porteiros que, quando conseguiram entrar no apartamento, encontraram-na desacordada. Vinícius ainda tentou escapar, mas foi detido na portaria. A polícia chegou em seguida e o prendeu em flagrante.
As imagens das paredes repletas de sangue e do apartamento completamente revirado viralizaram na internet. Ela foi internada em estado grave na UTI do Hospital Casa de Portugal, no centro do Rio, e recebeu alta quatro dias depois. Elaine precisou de seis meses para realizar os procedimentos de reconstrução facial após sofrer diversas fraturas e perder um dente. Vinicius foi indiciado por tentativa de feminicídio.
Atiradores em Suzano, São Paulo
No dia 13 de março, dois atiradores, invadiram a escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, no horário do intervalo das aulas, e dispararam contra alunos e funcionários. No total, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, mataram oito pessoas – entre elas, um funcionário de um posto de gasolina, pouco antes de entrar na escola.
Os atiradores usavam máscaras e trajes escuros e portavam um revólver calibre 38, quatro jet loaderes (carregadores de plástico com munição), uma arma medieval de flechas (conhecida como besta), um machadinho e artefatos com potencial explosivo. Quando a Polícia Militar (PM) chegou ao local, ambos cometeram suicídio. No mesmo dia do massacre, a PM prendeu um adolescente de 17 anos tido como o possível mentor do crime.
Em outubro, o governo de São Paulo deu início à revitalização da escola, que tem 980 estudantes regulares e cerca de 1300 alunos na centro de línguas. O projeto vai custar R$ 2,7 milhões e será financiado pela iniciativa privada.
80 tiros, Rio de Janeiro
Em 7 de abril, nove militares dispararam mais de 80 tiros contra um veículo em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro, matando o músico Evaldo Rosa dos Santos. Além de Evaldo, outras quatro pessoas estavam no carro, que tinha como destino um chá de bebê: seu sogro, Sérgio Gonçalves de Araújo – que ficou ferido -, a mulher de Evaldo, o filho do casal e uma amiga da família.
O catador de lixo Luciano Macedo também morreu durante a ação. Ele tentava ajudar a família atingida quando foi ferido, também pelos militares. Apesar de encaminhado para o Hospital Estadual Carlos Chaga, Luciano não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia 18.
De acordo com as apurações iniciais, o carro do músico teria sido confundido com o de bandidos que estavam agindo nas proximidades do Piscinão de Ramos, em Guadalupe, na zona norte do Rio. Ao todo, foram presos doze militares que participaram da ação, mas todos acabaram soltos por ordem do Superior Tribunal Militar (STM).
Ator Rafael Miguel, São Paulo
No domingo, 9 de junho, um crime brutal tirou a vida de três pessoas de uma mesma família no bairro de Pedreira, em São Paulo. Um dos mortos foi Rafael Miguel, jovem de 22 anos que atuou na novela Chiquititas e em alguns comerciais. Seu pai, João Alcisio Miguel, e sua mãe, Miriam Selma Miguel, também foram assassinados.
O principal suspeito de ser o autor do crime é o comerciante Paulo Cupertino Matias, de 48 anos, pai da namorada de Rafael. De acordo com o laudo necroscópico, 13 tiros foram disparados por ele. Paulo Cupertino não aceitava o relacionamento da filha, Isabela Tibcherani, com Rafael. Os pais do menino teriam oferecido uma carona para Isabela e a gentileza irritou o patriarca, que os recebeu armado.
Ele fugiu logo após a ação e até o momento não foi encontrado, mas está com a prisão decretada. O que se sabe é que ele usou, pelo menos, dois veículos para deixar a região.
Caso Flordelis, Rio de Janeiro
O marido da deputada federal Flordelis (PSD), o pastor Anderson do Carmo de Souza, foi assassinado no dia 16 de junho. Ele estava na garagem da casa da família, em Pendotiba, Niterói – onde vivia com a mulher e parte de seus 55 filhos, a maioria adotados – quando foi atingido por cerca de 30 tiros.
Durante as investigações, dois filhos do casal, Flávio e Lucas Cézar dos Santos de Souza, foram indiciados pelo crime e estão presos. A suspeita é de que Flávio, que é filho biológico de Flordelis e que admitiu ter dado seis tiros no padrasto, e Lucas, que teria comprado a arma do crime, possam ter cometido motivados por desavenças na família.
Até por isso, outros filhos do casal também são investigados, suspeitos de participar do assassinato, assim como a própria Flordelis, que já mudou suas versões em depoimentos algumas vezes. Lucas Cézar chegou a dizer, em depoimento, que recebeu mensagens do celular da própria mãe pedindo que assassinasse o pai. A arma utilizada no crime foi encontrada na casa da deputada – ela estava enrolada em um pano, em cima de um armário. Também foram encontrados um edredom com manchas de sangue e uma fogueira no quintal, com diversos objetos já carbonizados.
No dia 16 de dezembro, a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo disse que conseguiu recuperar informações do celular e tablet de Anderson, desaparecidos desde a noite do crime, assim como os aparelhos telefônicos de Flávio e Flordelis. A deputada deu duas versões diferentes sobre o telefone do marido: em uma, disse que não viu o aparelho após o crime e não sabia onde ele estava. Na outra, disse que o telefone estava em casa e que o entregaria à polícia.
Os filhos da parlamentar, no entanto, dizem que o celular ficou com o motorista de Flordelis, Márcio Buba, após o crime, e que a deputada pediu para que ele fosse apagado. A investigação também apurou que um dos filhos de Flordelis usou o aparelho do pai após o crime.
Massacre de Altamira, Pará
58 detentos foram mortos durante uma rebelião no presídio de Altamira, no Pará, no dia 29 de julho. Os assassinatos aconteceram durante um confronto entre duas facções criminosas, o Comando Classe A (CCA) e o Comando Vermelho (CV). Entre as vítimas, 16 foram encontradas decapitadas.
Após a briga, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, determinaram a transferência de 46 presos envolvidos no confronto. No dia seguinte, mais quatro presos morreram, fazendo o número de vítimas do massacre subir para 62. Eles estavam dentro de um caminhão com outros 26 detentos que estavam sendo transferidos. De acordo com as investigações, eles morreram estrangulados.
Entre os 62 mortos, 38 eram presos provisórios e ainda não tinham sido condenados pela Justiça. Depois da ação,o governo do Pará convocou 642 agentes penitenciários para fortalecer o sistema prisional estadual.
Assaltos nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, São Paulo
Também em julho, uma quadrilha invadiu um galpão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e roubou cerca de uma tonelada de ouro em um carro-forte da Brinks no terminal de cargas. O material, avaliado em R$ 113 milhões, estava embarcando para Zurique, na Suíça, e Nova York, nos Estados Unidos. Para executar o roubo, os ladrões sequestraram parentes de um funcionário que teria informações privilegiadas sobre o funcionamento do local e o embarque da carga. Além disso, o grupo utilizou viaturas clonadas da Polícia Federal (PF), além de armas de grosso calibre.
Até o momento, cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime estão presas. De acordo com a polícia, ao menos dez pessoas teriam participado do crime. O roubo entrou para lista de crimes milionários no Brasil.
Em outubro, criminosos armados invadiram o terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, trocaram tiros com os seguranças e assaltaram, também, a transportadora de valores Brinks. Durante a ação, a quadrilha ateou fogo em dois caminhões na Rodovia Santos Dumont (SP-79), principal acesso ao aeroporto, bloqueando as duas pistas. De acordo com a administração do aeroporto, os bandidos usavam um veículo com as cores e características da Aeronáutica.
O valor roubado, que tinha como destino um banco na Inglaterra, não foi divulgado. Os criminosos usaram uma metralhadora ponto 50, usada como arma antiaérea, para obrigar o carro-forte a parar. Cercados pela polícia, dois suspeitos foram mortos durante a fuga. Um major da Polícia Militar (PM) e dois seguranças foram baleados.
Um dos suspeitos de participar da ação fez uma mulher e um bebê de 10 meses reféns após invadir uma casa durante a fuga do local do roubo. Durante a negociação, a mãe da criança foi baleada na nádega e passa bem. O criminoso foi morto por um tiro de um sniper. Até o momento, dois suspeitos de participação na ação estão presos.
Sequestro na ponte Rio-Niterói, Rio de Janeiro
No dia 20 de agosto, William Augusto da Silva, de 20 anos, sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro. Ele pediu que o motorista da Viação Galo Branco, que fazia o trajeto entre o município de São Gonçalo e o centro do Rio, estacionasse o veículo de modo que ficasse atravessado na pista, fechando totalmente a passagem.
Ao todo, 37 pessoas estavam dentro do veículo na hora do sequestro. O homem estava armado com pistola de brinquedo, faca, arma de choque e gasolina. Agentes negociaram por horas com o jovem, que chegou a liberar seis reféns. Depois de três horas e meia de sequestro, William saiu do ônibus e foi atingido por um atirador de elite (sniper), que estava posicionado em cima de um carro do Corpo de Bombeiros. Assista ao momento em que ele é alvejado.
Homens torturados em supermercados, São Paulo
Em setembro, dois casos de tortura em supermercados chocaram a cidade de São Paulo. O primeiro ficou conhecido quando um vídeo postado nas redes sociais mostrou um adolescente de 17 anos sendo chicoteado por dois seguranças do Ricoy, na Avenida Yervant Kissajikian, em Vila Joaniza, Zona Sul da capital, após ter furtado chocolates.
Nas imagens, o rapaz aparece nu, com as mãos amarradas e a boca amordaçada, sendo chicoteado. Os seguranças o levaram para um quarto no fundo do estabelecimento, onde foi agredido por um chicote de fios elétricos por 40 minutos. Em 12 de dezembro, os funcionários do estabelecimento, que tinham sido indiciados, foram absolvidos da acusação de tortura e condenados por lesão corporal, cárcere privado e divulgação de cenas de nudez. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai recorrer da decisão.
Já o segundo caso aconteceu no supermercado Extra Morumbi, na Zona Sul e também foi denunciado após um vídeo com a gravação da agressão circular na internet, onde um homem aparece apanhando e levando choques após supostamente ter furtado o local. Nas imagens, que são fortes, é possível ver seguranças da empresa desferindo golpes contra o homem com um cabo de vassoura e usando uma arma de choque.
Durante a tortura, o homem, que está com uma corda na boca e com as calças abaixadas, chora. Em nota, o Extra afirmou que o caso aconteceu em março de 2018 e que o “colaborador envolvido foi imediatamente afastado”. Após a apuração, ele foi desligado, assim como a empresa de segurança, que deixou as operações da loja. Mesmo assim, a polícia prendeu cinco suspeitos da tortura.
Ágatha Félix, Rio de Janeiro
No dia 21 de setembro, Ágatha Félix, de 8 anos, morreu após ser baleada na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela e a mãe estavam voltando para a casa, dentro de uma Kombi, quando foi atingida nas costas por volta das 21h30 por um integrante da Polícia Militar (PM).
De acordo com a denúncia, o PM estava em serviço quando atirou de fuzil contra duas pessoas não identificadas que trafegavam em uma moto, por acreditar que se tratava de integrantes do tráfico local. Na época, a PM disse que houve confronto, mas os familiares de Ágatha e o motorista da Kombi afirmaram que não houve tiroteio.
Em 8 de dezembro, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público (MPRJ) contra o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter disparado o tiro que matou Ágatha, tornando-o réu. De acordo com a juíza, Rodrigo não agiu em legítima defesa, como alegado no início da investigação, que concluiu que a menina morreu “por erro no uso dos meios de execução por parte do policial militar Rodrigo José de Matos Soares”.
Caso Raíssa, São Paulo
A menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, foi encontrada morta no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo, no dia 29 de setembro. A garota despareceu durante uma festa no CEU Anhanguera. A mãe, Vânia, deixou a criança brincando no pula-pula e foi buscar pipoca para o outro filho. Ao retornar, não a encontrou mais.
Horas depois, um adolescente de 12 anos encontrou Raíssa pendurada em uma árvore dentro de uma área reservada a funcionários do parque, que fica a 2 quilômetros do CEU. Um vídeo obtido pela Polícia Civil mostrou a menina andando com o adolescente, de mãos dadas, instantes antes de ser encontrada morta. O menino passou a ser considerado suspeito, e acabou confessando o crime.
Dois laudos concluíram que a menina foi espancada, estuprada e morreu sem conseguir reagir. No dia 7 de novembro, a 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude de São Paulo condenou o adolescente por homicídio qualificado e estupro de vulnerável. Ele cumprirá medida socioeducativa de internação por até três anos, a depender de sua evolução.
Ataque a índios, Maranhão
No dia 7 de dezembro, os caciques Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara morreram e outros dois índios ficaram feridos durante um atentado na BR-226, no Maranhão. O local é foco de tensão entre indígenas e madeireiros e fica no município de Jenipapo dos Vieiras, a 500 km de São Luís. Os dois feridos, Nico Alfredo Guajajara e Nelsi Guajajara, foram socorridos e estão sob proteção policial.
Eles contaram que foram surpreendidos veículo de cor branca que disparou diversas vezes contra a motocicleta em que ele e outro índio Guajajara estavam. No dia 13, um terceiro indígena foi morto na terra Araribóia, em Amarante, também no Maranhão. De acordo com a SEDIHPOP (Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular) do Estado, Erisvan Guajajara foi assassinado a facadas.
Depois dos atentados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública da SENASP/MJSP para o município de Jenipapo das Vieiras, onde os dois primeiros índios foram mortos. O objetivo é apoiar o trabalho da Fundação Nacional do Índio (Funai) nas ações de segurança pública por 90 dias – mas o prazo pode ser prorrogado.
Mundo
Fim de semana de massacre, Estados Unidos
Um fim de semana de agosto marcou o ano dos norte-americanos, especialmente dos que vivem nos estados de Texas e Ohio. No sábado, dia 5, um homem entrou armado em um Walmart da cidade de El Paso, no Texas, próximo ao shopping Cielo Vista Mall. Dentre os 22 mortos, 7 eram mexicanos. Além disso, outras 26 pessoas ficaram feridas.
No dia seguinte, durante a madrugada, um homem começou a atirar em uma rua de bares em Dayton, em Ohio. Contando com o atirador, 10 pessoas morreram e 41 ficaram feridas.
No caso de El Paso, as autoridades atribuíram como motivação do crime racismo contra hispânicos, já que a cidade fica na fronteira com o México e o país enfrenta longos debates quanto a questão imigratória. Em Ohio, como o atirador foi morto, a motivação não foi reconhecida. Com base nas investigações, sabe-se, porém, que o matador tinha interesse em cometer os crimes.
De acordo com dados do Gun Violence Archive, pelo menos outros 250 tiroteios foram registrados no país até agosto de 2019. Um na Filadélfia, deixou seis policiais baleados. Outro, em Virginia Beach, deixou 12 mortos e quatro feridos.
Atiradores em universidade e escolas, Estados Unidos
Desde o massacre de Columbine, em 1999, as escolas dos Estados Unidos viraram palco de grandes tragédias envolvendo atiradores – geralmente alunos ou ex-alunos – e as instituições. Sempre que um novo caso acontece, reacende-se o debate quanto ao porte e posse de armas no país.
Em 2019 não foi diferente. No fim de abril, um atirador abriu fogo em uma universidade da Carolina do Norte. O atirador era um ex-aluno de História que abandonou o curso no início daquele semestre. Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.
Uma semana depois, em Highlands Ranch, no Colorado, dois adolescentes abriram fogo em uma escola pública que fica no subúrbio da cidade de Denver. Um estudante de 18 anos morreu e outros oito ficaram feridos.
Em novembro foi a vez de uma escola de Santa Clarita, na Califórnia, ser atacada por um jovem de 16 anos. Ele era estudante da instituição e matou dois colegas – um de 14 e outro de 15 anos – e depois de suicidou. Outros três jovens ficaram feridos.
Ataque na London Bridge, Inglaterra
No fim de novembro, um homem armado com uma faca matou duas pessoas na London Bridge, em Londres, na Inglaterra. Após o ataque cerca de 10 civis imobilizaram o criminosos até a chegada dos policiais.
O esfaqueador, que utilizava um colete suicida com bombas falsas, foi morto por oficiais armados da Polícia de Londres. Ao que tudo indica, o ataque foi terrorista.
Ataques a mesquitas, Nova Zelândia
Dois ataques simultâneos a mesquitas em Christchruch, na Nova Zelândia, deixaram 50 mortos e 48 feridos em março. Em um dos crimes, um homem armado com um riffle automático disparou contra a multidão que estava reunida para as tradicionais orações que acontecem ao meio-dia às sextas-feiras na mesquita Linwood. Sete pessoas morreram.
Na outra ação, o criminoso filmou o ataque com uma câmera instalada no capacete e transmitiu as imagens ao vivo no Facebook. Ele agiu com duas armas e deixou mais de 50 mortos na mesquita Masjid Al Noor.
Um suspeito dos ataques, que foi preso, deixou um manifesto de extrema-direita, onde afirma ter 28 anos, ser australiano e anti-imigração. O documento fala em genocídio promovido por brancos e possui uma lista com vários objetivos. Entre eles está criar “uma atmosfera de medo contra os muçulmanos. Outros dois homens foram presos.
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