Retrospectiva 2020: Relembre os principais fatos que aconteceram no Brasil

Covid-19, saída de Sergio Moro do governo, nuvem de gafanhotos e recorde de queimadas estão entre os eventos que chacoalharam o país

  • Por Giullia Chechia Mazza
  • 31/12/2020 19h55
Imagem: Montagem/Jovem Pan O ano de 2020 entra para a história acumulando polêmicas no Brasil

Entre mortes, crises e desastres, 2020 chega ao fim e entra para a história. No Brasil, o ano que começou com a alegria dos foliões no Carnaval termina com a saudade das mais de 180 mil famílias que perderam entes para a pandemia do novo coronavírus. Além da Covid-19, outras tragédias atingiram os brasileiros nos últimos doze meses, como os acidentes de trânsito, assassinatos e desastres ambientais. Mesmo impactados pela pandemia, o esporte e a cultura foram, por diversas vezes, os responsáveis por manter a esperança nos brasileiros.

Enquanto a sociedade se adaptava a um vírus desconhecido e mortal, os holofotes também se viraram para a política, que teve a missão hercúlea de conduzir um país imerso em diferentes crises provocadas pela Covid-19. Em meio aos questionamentos de uma doença que nos obrigou a manter distância dos que amamos, a ciência trouxe dados, tecnologia, estudo e, claro, um imunizante contra a Covid-19, desenvolvido em surpreendentes dez meses de pesquisas.

Relembre os fatos mais marcantes de 2020:

Janeiro:

  • Caso Backer: Contaminações e mortes

Com a internação de consumidores em janeiro deste ano, veio à tona o caso de contaminação nas cervejas da Backer. Após beberem os produtos da cervejaria mineira, eles desenvolveram a síndrome nefroneural, que deixou dez pessoas mortas e outras com graves sequelas, como cegueira e paralisação facial. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, diversos lotes de diferentes marcas de cerveja produzidas pela Backer foram contaminados por monoetilenoglicol e dietilenoglicol, substâncias tóxicas usadas em sistemas de refrigeração que teriam entrado em contato com a cerveja por meio de vazamentos em equipamentos. Ao todo, onze funcionários da companhia foram indiciados por homicídio, lesão culposa e contaminação de produtos alimentícios.

  • Crise de água no Rio de Janeiro

Logo no primeiro mês do ano, o Rio de Janeiro vivenciou uma grave crise da água. Saindo turva, com cheiro e gosto de terra pelas torneiras e filtros dos cariocas, a água distribuída pela Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Estado) apresentou uma significativa concentração da substância orgânica geosmina, produzida quando há muita bactéria e alga no líquido. Além disso, após constatar um grande volume de detergentes na água captada pela estação de Guandu, a Cedae fechou as comportas e paralisou as operações durante 15 horas. A medida causou o desabastecimento em vários pontos da cidade e adiou o início do ano letivo nas escolas municipais.

  • Secretaria Especial da Cultura: Discurso de Roberto Alvim e nomeação de Regina Duarte

Após dez semanas à frente da Secretaria Especial da Cultura, Roberto Alvim foi demitido em 17 de janeiro. Sua saída do governo aconteceu imersa em polêmicas, baseada em uma das publicações do ex-secretário nas redes sociais. A postagem em questão divulgava um discurso feito por Alvim com frases semelhantes às de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista. No mesmo mês, a atriz Regina Duarte aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o posto de Alvim e se tornar a secretária especial da Cultura. A contratação da artista, que assumiu a pasta em março e deixou o cargo em maio, foi uma das mais comentadas pelos brasileiros durante a gestão do governo Bolsonaro.

  • Temporais causam transtorno e mortes em Belo Horizonte

No primeiro mês do ano, Belo Horizonte registrou 935,2 milímetros de chuva, o equivalente ao triplo esperado para o período na cidade. Os diversos temporais que castigaram a capital mineira causaram 13 mortes, enchentes, destruição de ruas e avenidas e deslizamentos de terra durante o janeiro mais chuvoso de toda sua história.

  • Problemas no Enem e Sisu

Polêmicas cercaram o Ministério da Educação após o Inep confirmar um erro na correção das provas do Enem 2019. Ainda em janeiro, o instituto afirmou que o problema que afetou a nota de quase 6 mil candidatos havia sido corrigido e estendeu o prazo de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Apesar do erro, após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os resultados do SISU foram divulgados no dia 28.

  • Primeiro caso suspeito de Covid-19 no Brasil

Nos últimos dias de janeiro, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou o primeiro caso suspeito de coronavírus no Brasil. Tratava-se de uma estudante brasileira que esteve em viagem para a cidade de Wuhan, na China, e permanecia internada em Belo Horizonte. No entanto, após exames, a suspeita foi descarta. Até este período, o mundo registrava 2.798 casos de Covid-19, sendo a China o epicentro da doença, com 2.761 pacientes confirmados.

Fevereiro:

  • São Paulo tem fevereiro mais chuvoso em 77 anos

Contabilizando 449 milímetros de chuva, São Paulo registrou o mês fevereiro mais chuvoso em 77 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os temporais que atingiram a capital e a região metropolitana causaram uma série de transtornos, como transbordamentos nos rios Tietê e Pinheiros e enchentes que travaram o trânsito, atingiram casas, prédios e estabelecimentos.

  • Motim da Polícia Militar (PM) no Ceará

A violência tomou conta do Ceará em fevereiro de 2020. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o estado teve o mês mais violento da história, com 456 homicídios em 29 dias. A alta foi consequência direta do motim da Polícia Militar já que, durante os 13 dias da greve policial, foram registrados 312 homicídios. A paralisação da PM começou como forma de apoio a três soldados presos por envolvimento em greve ilegal, terminando sem que a anistia dos soldados fosse conquistada — a principal reivindicação da categoria para voltar às atividades.

  • Recorde de público no Carnaval

Em fevereiro, os foliões colocaram os blocos nas ruas e se jogaram na festança, fazendo com que o Carnaval de rua brasileiro atingisse recorde de público em 2020. Segundo dados divulgados pelas secretarias locais, Olinda, Recife e Salvador registraram cerca de 22 milhões de pessoas. Em São Paulo, 15 milhões de foliões pularam Carnaval nas ruas. No Rio de Janeiro, 10 milhões de pessoas dançaram aos sons de marchinhas e hits famosos.

  • Primeiros casos de Covid-19

No dia 26 de fevereiro, os olhos dos brasileiros se voltaram para os noticiários, que traziam a confirmação do primeiro caso de um brasileiro infectado pelo coronavírus. No momento, também havia vinte casos suspeitos da doença no país. A confirmação foi de um empresário de 61 anos, morador de São Paulo, que retornara de uma viagem para a Itália com os sintomas de febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Ele foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein e, após 14 dias em isolamento, se recuperou. Até este período, o mundo registrava 80,2 mil casos de Covid-19 e 2,7 mil mortes causadas pela doença.

  • Naufrágio do navio Anna Karoline

O navio Anna Karoline saiu de Santana, no Amapá, em direção a Santarém, no Pará nos últimos dias de fevereiro. No entanto, nunca chegou ao destino final. Devido ao excesso de carga, a viagem foi interrompida na madrugada de sábado, 29, quando o navio naufragou próximo à Ilha de Aruãs e à Reserva Extrativista Rio Cajari, no Amazonas. Durante as buscas, foram encontrados 51 sobreviventes. Entre passageiros e tripulantes, o naufrágio deixou 34 mortos. Como o número de passageiros na embarcação era incerto, o governo do Amapá deixou de atualizar em 6 de março a quantidade de desaparecidos.

Março

  • Temporal deixa 44 mortos no litoral de São Paulo

Uma tragédia marcou o início do mês no litoral paulista. Provocando deslizamentos de terra em morros da região, um forte temporal que atingiu a Baixada Santista, no litoral de São Paulo, deixou 44 mortos. Entre as cidades impactadas pelas fortes chuvas do dia 3 de março estão o Guarujá, que registrou 33 mortos e um desaparecido, Santos, com oito mortos e São Vicente com três mortos. Além das vidas perdidas, 162 pessoas ficaram sem casa no Guarujá e 226 em Santos.

  • Brasil registra primeiras transmissões locais e morte por Covid-19

Na primeira semana de março, o Ministério da Saúde informou que o Brasil havia registrado os primeiros casos de transmissão local do coronavírus. Até então, a doença havia sido detectada apenas em pessoas que voltaram infectadas de viagens no exterior. Um dia antes de receber o diagnóstico, o empresário de 61 anos contaminado pela Covid-19 — o primeiro brasileiro confirmado — fez um churrasco em sua casa e transmitiu o vírus para um dos parentes que estava no evento. Depois, seu familiar passou o coronavírus para outra pessoa. Segundo o Ministério da Saúde, ainda neste mês, ocorreu a primeira morte por conta da Covid-19 no Brasil. A vítima foi uma paciente de 57 anos que morreu em São Paulo após um dia de internação no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na zona leste da cidade, em 12 de março.

  • Com avanço da pandemia, Rio estabelece estado de emergência; São Paulo decreta quarentena

O Rio de Janeiro foi a primeira região do Brasil a decretar estado de emergência para conter a pandemia do coronavírus. Em 16 de março, o então governador Wilson Witzel anunciou a medida após o Rio registrar o primeiro caso de Covid-19. Já o governo de São Paulo foi pioneiro em estabelecer uma quarentena, no dia 24 de março. O anuncio do governador João Doria previu que a paralisação deveria ser mantida, em primeiro momento, por 15 dias a partir da data. No entanto, o isolamento rigoroso no estado durou até o mês de junho, quando um plano de flexibilização da quarentena foi anunciado. Além do Rio de Janeiro e São Paulo, todos os outros estados brasileiros adotaram medidas de restrição das atividades com a evolução da pandemia do coronavírus.

  • “Gripezinha”, medidas de isolamento social e panelaços

Isolados em suas casas, parte dos brasileiros recorreram aos panelaços para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Uma outra parcela da população, por sua vez, bateu panelas em apoio a Bolsonaro. Durante o mês de março, o presidente tornou-se alvo de protestos após se referir ao coronavírus como “uma gripezinha” em um pronunciamento. Sua fala repercutiu muito nas redes sociais e noticiários, sendo lembrada até os dias atuais. Após as polêmicas, no entanto, o presidente afirmou reconhecer a seriedade da doença.

Abril

  • Governo federal lança o auxílio emergencial

Em resposta à pandemia, que impactou diretamente o bolso dos brasileiros, o governo federal instituiu o auxílio emergencial em abril. O benefício concedido aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados desempenhou um importante papel ao garantir que grande parte dos brasileiros não vivessem em situação de miséria durante a crise econômica. Projetado, em um primeiro momento, para durar três meses, o programa precisou ser prorrogado, totalizando nove meses de concessão do benefício — foram disponibilizadas cinco parcelas mensais de R$ 600 e quatro parcelas mensais de R$ 300. Segundo a projeção do Ministério da Economia, o auxílio emergencial deve custar R$ 321,8 bilhões aos cofres públicos.

  • Cemitério da Vila Formosa tem covas multiplicadas com aumento de mortes

Uma das fotos que gerou imensa repercussão por retratar o avanço da pandemia no Brasil foi captada no cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, localizado na zona leste de São Paulo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Sindesp), a imagem do início de abril reproduz centenas de sepulturas abertas para comportar as vítimas da Covid-19. Contrariando a Sindesp, a prefeitura negou que o procedimento tenha sido realizado em função das mortes causadas pelo coronavírus.

  • Ex-ministro Sergio Moro anuncia saída do governo Bolsonaro

Em 24 de abril, o governo federal foi abalado pelo pedido de demissão de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça. Em meio à crise de saúde, Moro anunciou sua saída da gestão após a exoneração de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF), considerado um profissional de confiança do ex-juiz. Durante seu o discurso de despedida, ele acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de querer interferir na PF. A denúncia provocou a abertura de um inquérito que segue investigando a tentativa de interferência política do presidente na instituição.

  • Em meio à pandemia, ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta é demitido

Enquanto a pandemia tornava-se o maior desafio do século para a saúde no Brasil, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O médico foi desligado da pasta em 16 de abril, quando o Brasil registrou 30.891 infectados e 1.952 mortos em decorrência da doença. Segundo Bolsonaro, a decisão de demiti-lo foi tomada após uma série de descontentamentos com a forma como o ministro conduziu as ações da pasta sem visar os impactos das medidas de distanciamento social sobre a economia. No mesmo dia, o oncologista Nelson Teich foi anunciado para substituir Mandetta no comando do Ministério da Saúde.

  • Sistema funerário de Manaus fica à beira do colapso

O aumento repentino de mortes em Manaus levou o sistema funerário do município à beira do colapso. A capital do Amazonas vivenciou um drama em abril, quando a média atingiu cem sepultamentos por dia. Sem capacidade para suportar a alta demanda e com falta de coveiros, famílias se viram obrigadas a enterrar com as próprias mãos os entes queridos. Na ausência de espaço para receber os caixões, corpos passaram a ser empilhados na mesma vala comum no Cemitério Nossa Senhora de Aparecida, o principal de Manaus. Com déficit em todo o sistema funerário, parentes precisaram aguardar até 30 horas para que os corpos de seus familiares fossem retirados de casa. Ao final do mês, Manaus registrou 2.400 enterros apenas em abril – quase o triplo dos realizados em abril de 2019.

Maio

  • Com menos de um mês no cargo, Nelson Teich é o 2º ministro da Saúde demitido na pandemia

Antes de completar um mês à frente do Ministério da Saúde, Nelson Teich deixou o cargo em 15 de maio. O oncologista tomou posse como ministro em 17 de abril, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta. Segundo os assessores do ex-ministro, a demissão ocorreu após desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as medidas de enfrentamento à Covid-19. Entre elas, o uso da cloroquina no tratamento do coronavírus, o decreto do presidente que incluiu salões de beleza, barbearias e academias de ginásticas nas atividades essenciais e a defesa de uma flexibilização mais ampla e imediata do isolamento por parte de Bolsonaro. Após a demissão, o ex-secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, assumiu interinamente o cargo, tornando-se o ministro titular da pasta em setembro.

  • Polícia Federal mira a operação em Wilson Witzel, governador afastado do Rio de Janeiro

Em 26 de maio, o então governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel tornou-se alvo da operação Placebo, tendo seu celular e computador apreendidos durante buscas no Palácio das Laranjeiras. Autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e deflagrada pela Polícia Federal (PF), a operação Placebo mirou um esquema de desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento do coronavírus no estado. A investigação foi o pontapé inicial para o afastamento de Witzel do governo do Rio de Janeiro, em agosto de 2020.

  • Após saída do governo, Sergio Moro depõe à PF e vídeo da reunião ministerial é divulgado

O ex-ministro Sergio Moro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no dia 2 de maio para esclarecer as acusações que fez contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao deixar o governo. Durante o testemunho, Moro apontou o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril como prova de uma suposta interferência de Bolsonaro na PF. Em 22 de maio, por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), o vídeo da reunião ministerial foi divulgado, gerando discussão e polêmica entre os brasileiros. A denúncia realizada por Moro provocou a abertura de um inquérito que segue investigando a tentativa de interferência política do presidente na PF.

  • Brasileiros nas ruas: Manifestações favoráveis e contrárias ao governo federal

Em meio à pandemia de Covid-19, a população saiu às ruas no mês de maio para protestar. No dia 15, diante da divulgação do vídeo ministerial e das investigações abertas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus eleitores se reuniram em manifestações por todo o Brasil para contestar as medidas de isolamento impostas pelos governos estaduais e declarar apoio ao presidente. A partir de 31 de maio, em resposta aos atos bolsonaristas, protestos contrários ao presidente se formaram, levantando também as bandeiras do antirracismo e antifascismo.

  • Caso João Pedro: Jovem é morto dentro de casa

A morte de João Pedro Mattos Pinto comoveu a população e gerou uma onda de protestos em todo o Brasil. Brincando com os primos, o garoto de 14 anos foi atingido por um tiro de fuzil dentro da casa de um tio no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. A tragédia ocorreu durante uma operação das polícias Federal e Civil na comunidade. Segundo familiares e testemunhas, João Pedro jogava sinuca no quintal quando correu para se refugiar dentro da residência ao ouvir os sons do helicóptero e de disparos. Logo em seguida, policiais invadiram a casa e atiraram, no mínimo, 70 vezes. Atingido na barriga, o adolescente foi levado no próprio helicóptero da polícia para o heliponto da Lagoa, na zona sul da cidade, onde sua morte foi constatada. A família apenas soube do paradeiro do corpo no dia seguinte, ao encontrá-lo no Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo.

Junho

  • Alvo inquéritos, ex-ministro Abraham Weintraub anuncia saída do Ministério da Educação

Por meio da publicação de um vídeo nas redes sociais, o economista Abraham Weintraub anunciou sua saída do cargo de ministro da Educação no dia 18 de junho. Ele deixou a pasta que ocupou desde abril de 2019 em meio a uma série de polêmicas. Alvo de dois inquéritos, um que investiga declarações racistas contra chineses e outro que apura ameaças feitas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após a saída do MEC, o ex-ministro foi indicado pelo governo federal a uma vaga no Banco Mundial, onde cumpre seu segundo mandato como diretor-executivo.

  • Fabrício Queiroz é preso em São Paulo

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz, foi preso em 18 de junho em uma operação da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Após um ano com o paradeiro desconhecido, Queiroz foi apreendido na casa de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O ex-assessor é investigado por participar de um esquema de “rachadinha” dentro do gabinete do filho Zero Um do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

  • Acampamento do grupo “300 do Brasil” é desmontado

Alvo de uma operação do governo do Distrito Federal, o acampamento do grupo bolsonarista “300 do Brasilfoi desmontado em 13 de junho. Dois dias depois, os principais líderes do movimento, como Sara Winter, foram presos temporariamente por participarem de supostas manifestações antidemocráticas. Os “300 do Brasil” ganharam projeção nacional ao se instalarem no Eixo Monumental da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, protestando em prol do fechamento do Congresso Nacional, de uma intervenção militar — chamada por eles de “intervenção do povo” — e da saída de ministros do Supremo Tribunal Federal.

  • Futebol brasileiro retorna em meio ao avanço da pandemia

Em meio à pandemia de Covid-19, a bola voltou a rolar em campo com a retomada do campeonato carioca no mês de junho. Após ser suspenso pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) devido ao avanço da Covid-19 no país, o retorno do futebol brasileiro foi marcado pela partida entre Flamengo e Bangu no dia 18, que terminou com a vitória de 3 x 0 do Mengão no Maracanã. Depois que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) tomou a iniciativa, gradativamente, outros campeonatos voltaram a ser disputados.

  • Brasil alcança a marca de 1 milhão de casos de Covid-19

Após três meses da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, o país alcançou a marca de 1 milhão de casos registrados da doença. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, no dia 16, o Brasil alcançou 1.032.913 infectados, confirmando 54.771 casos em apenas 24 horas, e 48.954 mortes.

  • “Ciclone bomba” atinge o Sul do Brasil

No último dia do mês, a formação de um ciclone extratropical, também chamado de “ciclone bomba“, atingiu os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. As fortes tempestades e as rajadas de vento que passaram de 120 km/h causaram devastação, deixando onze mortos em Santa Catarina, um no Rio Grande do Sul e outro no Paraná. Além disso, cerca de 1,9 milhão de consumidores ficaram sem energia elétrica nos três estados.

  • Nuvem de gafanhotos se aproxima do país

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento alertou o país, no final do mês, sobre a aproximação de uma nuvem com milhões de gafanhotos que saía da Argentina em direção ao Uruguai e Brasil. O fenômeno preocupou o agronegócio, já que os insetos poderiam atingir plantações e afetar as atividades produtivas. Apesar do alerta, a nuvem de gafanhotos se desviou, seguindo apenas rumo ao Uruguai.

Julho

  • Presidente Jair Bolsonaro testa positivo para Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou positivo para a Covid-19 no mesmo mês em que o país atingiu a marca de 2 milhões de infectados pelo vírus. Bolsonaro anunciou o diagnóstico em 7 de julho, permanecendo em isolamento no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, até 25 de julho, quando testou negativo para a doença. Além dele, no período, haviam outros 128 casos de Covid-19 no Planalto. O Brasil fechou o mês de julho com 2.666.298 infectados pelo coronavírus e 92.568 mortos.

  •  Após confusões na pasta, Milton Ribeiro assume o Ministério da Educação

O pastor Milton Ribeiro assumiu o Ministério da Educação em 16 de julho, após a passagem relâmpago de Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão antes mesmo de tomar posse da pasta. Desde sua nomeação, o quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro tem conduzido o ensino remoto durante a pandemia.

  • Naja pica estudante e revela esquema de tráfico de animais

Um caso inusitado chamou a atenção dos brasileiros em julho, quando um estudante de medicina veterinária foi picado por uma cobra naja, uma das mais venenosas do mundo, no Distrito Federal. Até então, não se tinha conhecimento da espécie no Brasil. Pedro Henrique Kambreck Lehmkul foi internado em estado grave e chegou a ficar em coma, mas se recuperou após receber soro antiofídico. O incidente revelou um esquema de criação ilegal e tráfico de cobras exóticas encabeçado por Pedro. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o estudante e mais quatro pessoas, que respondem por associação criminosa, venda e criação de animais sem licença e maus-tratos contra animais.

  • Entregadores de aplicativo mobilizam greves nacionais

Em julho, os entregadores de aplicativos se mobilizaram em duas paralisações nacionais para protestar contra as plataformas. Durante os atos dos dias 1º e 25, que alterou a dinâmica de pedidos em restaurantes e aplicativos, a categoria reivindicou melhores condições de trabalho e remuneração. O movimento levantou o debate em torno da questão do trabalho informal, repercutindo muito e atraindo apoio de importantes nomes da política nacional, como Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

Agosto

  • Deputada Flordelis é denunciada pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo

Em 24 de agosto, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciaram a deputada federal Flordelis como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi executado a tiros em junho de 2019. A investigação concluiu que o crime foi motivado por questões financeiras e de poder na família. De acordo com o inquérito, antes do assassinato, Flordelis tentou matar o marido pelo menos quatro vezes — uma delas com doses de arsênico na comida. Por ter foro privilegiado, a deputada não foi presa. No entanto, seu julgamento segue em curso.

  • Menina violentada de 10 anos realiza aborto legal

Sob protestos de grupos conservadores, a criança de 10 anos que engravidou vítima de um estupro conseguiu realizar um procedimento médico legal para interromper a gestação de 22 semanas no Recife. A gravidez, que gerou revolta na sociedade, foi revelada no início do mês, quando a menina foi ao hospital se queixando de dores abdominais. Moradora de São Mateus, município de Espírito Santo, a garota relatou que começou a ser estuprada pelo próprio tio aos 6 anos e que não denunciou por medo, já que era ameaçada. Em 25 de agosto, a Justiça do Espírito Santo aceitou a denúncia contra o criminoso, que se tornou réu por estupro de vulnerável — se condenado, a pena pode atingir 15 anos de prisão. Ele permanece preso e aguarda julgamento.

  • Bahia é atingida por uma série de tremores de terra

O final do mês foi marcado por uma série de tremores de terra em diferentes locais da Bahia. De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), ao menos 43 cidades baianas notaram os abalos. No entanto, apenas algumas sentiram os tremores com maior intensidade, já que marcaram 4,6 graus em Mutuípe, 4,2 em Amargosa e 3,7 em São Miguel das Matas. O episódio não deixou graves consequências, apenas pequenas rachaduras em algumas das casas da região.

Setembro

  • Ministro Luiz Fux toma posse da presidência do Supremo Tribunal Federal

O ministro Luiz Fux tomou posse do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em 10 de setembro. Ele sucedeu Dias Toffoli, que deixou a presidência após cumprir o mandato de dois anos. Além da Corte, Fux também acumulou a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ministra Rosa Weber, por sua vez, assumiu as cadeiras de vice-presidência do Supremo e do CNJ.

  • PIB despenca e registra queda recorde

No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB atingiu a queda recorde de 9,7% no segundo trimestre do ano em comparação aos três primeiros meses. De acordo com o instituto, o desempenho econômico foi afetado pela pandemia de Covid-19. Com a publicação do resultado, a economia brasileira entrou oficialmente em recessão técnica — quando há encolhimento do nível de atividade por dois trimestres consecutivos—, superando-a no terceiro trimestre, com o crescimento de 7,7% frente ao segundo.

  • Banco Central lança nota de R$ 200

Lançada pelo Banco Central em 2 de setembro, a nota de R$ 200, que carrega a imagem de um lobo-guará, gerou uma enorme repercussão na sociedade. Assim que entrou em circulação, a cédula tornou-se objeto de discussão para economistas, motivo de curiosidade entre os brasileiros e, até mesmo, alvo de “memes” nas redes sociais. De acordo com o Ministério da Economia, o objetivo do lançamento é diminuir as transações com dinheiro vivo e facilitar o pagamento do auxílio emergencial. Desta forma, o ministro titular da pasta, Paulo Guedes, afirmou que a cédula deve ser retirada de circulação ao fim da crise causada pelo novo coronavírus.

  • Brasil participa de encontro global na ONU

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abriu os discursos de líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU lamentando a morte das vítimas da Covid-19 e afirmando que a pandemia e o desemprego deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade. Além da pandemia, Bolsonaro levantou a questão ambiental ao defender que o Brasil é “vítima” de uma campanha “brutal” de desinformação sobre o Pantanal e a Amazônia. O discurso repercutiu em grande escala entre apoiadores e críticos do governo. O encontro global, que aconteceu no dia 22, teve como tema o multilateralismo.

Outubro

  • Desastres ambientais no Pantanal e na Amazônia

Outubro foi marcado pelo recorde de queimadas no Pantanal e na Amazônia. Com 2.856 focos de incêndio, o Pantanal registrou o maior número para o mês. Na Amazônia, a quantidade de incêndios de janeiro a outubro, que somou 93.356 focos, superou o total de 2019, de 89.176 ocorrências.

  • Incêndio consome Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro

O Hospital Federal de Bonsucesso, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, foi consumido por um incêndio no dia 27. Cerca de 300 pacientes estavam na unidade no momento do acidente. O Ministério da Saúde reconhece que a tragédia provocou a morte de três pacientes, que foram a óbito no mesmo dia. No entanto, com o passar das semanas, morreram outros 12 pacientes que foram transferidos da unidade no momento do incêndio. A Polícia Federal (PF) ainda investiga as causas das chamas que atingiram as instalações onde funcionavam a emergência, as enfermarias, o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e o Centro de Exames de Imagem.

  • Em decisão polêmica, STF concede liberdade ao traficante André do Rap

O traficante André do Rap, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi libertado da Penitenciária Venceslau, no interior de São Paulo, 10 em outubro. Ele recebeu um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. O magistrado determinou a soltura com base em um trecho do pacote anticrime que institui o prazo de 90 dias para a revisão das prisões preventivas. No mesmo dia, o presidente do STF, Luiz Fux, revogou a decisão de Marco Aurélio. No entanto, André do Rap já havia saído da prisão e, desde então, permanece foragido.

  • Senador Chico Rodrigues é flagrado com R$ 33 mil escondidos na cueca

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil escondidos na cueca em 14 de outubro. A polícia encontrou o dinheiro enquanto cumpria um mandado de busca e apreensão na casa de Rodrigues durante uma operação que apurava um suposto esquema de desvio de dinheiro. No Congresso Nacional, o parlamentar faz parte da comissão que monitora o uso do dinheiro público no combate ao coronavírus. Além disso, desde 2019, Chico Rodrigues era o vice-líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) no Senado — ele deixou o posto após a polêmica. O congressista é suspeito de ser o chefe de um grupo criminoso que desviou recursos públicos da Secretaria de Saúde de Roraima. O caso ainda está sob investigação.

Novembro

  • Eleições municipais marcam a história em 2020

As eleições municipais alcançaram resultados históricos em 2020. Primeiramente previsto para outubro, o pleito precisou ser adiado para novembro devido à pandemia de Covid-19. Mesmo com o deslocamento da data, muitos eleitores não compareceram à votação, elevando a abstenção ao maior patamar em décadas — 23,14% dos eleitores não votaram no primeiro turno e, no segundo turno, a abstenção chegou a 29,43%. Por outro lado, os cidadãos que foram às urnas mudaram a realidade política dos municípios brasileiros. Elegendo 784 prefeitos, o MDB se consagrou como o partido que conquistou o maior número de prefeituras e capitais. Na contramão da sigla, o PT não elegeu prefeito em nenhuma das capitais. A maior parte dos candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também não conquistou a vitória nas disputas — dos 13, 11 saíram derrotados.

  • Crise de energia elétrica e apagão no Amapá

O estado do Amapá enfrentou uma intensa crise de energia elétrica em novembro. Devido a um incêndio que atingiu uma subestação de energia em Macapá, a região ficou sob um apagão, que impactou a vida de 89% da população. Durante o período, foram registrados dois blecautes totais e 22 dias de fornecimento de energia elétrica em sistema de rodízio, que prejudicaram os moradores. Segundo eles, além da eletricidade, o abastecimento de água, alimentos, serviços de internet e telefonia também foi afetado. De acordo com o governo federal, a energia elétrica foi normalizada na região no dia 24 do mesmo mês.

  • Caso Carrefour: João Alberto é espancado até a morte em estacionamento de supermercado

Às vésperas do Dia da Consciência Negra, João Alberto de Freitas, um homem negro de 40 anos, foi espancado e morto por dois seguranças no estacionamento de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre. De acordo com as investigações, as agressões iniciaram após uma discussão entre a vítima e uma funcionária do supermercado. O policial militar Giovane Gaspar da Silva e o segurança Magno Braz Borges, autores do crime, foram presos em flagrante. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas por homicídio triplamente qualificado  — por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima — e aguardam julgamento.

  • Maior acidente do ano: Colisão entre ônibus e caminhão faz 42 vítimas fatais em São Paulo 

O maior acidente com vítimas fatais do ano, segundo a Polícia Militar (PM), aconteceu em 25 de novembro no interior de São Paulo. Uma batida entre um ônibus e um caminhão deixou 42 mortos e 11 feridos na rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, na região de Avaré. O ônibus transportava funcionários de uma empresa têxtil para o trabalho. O Ministério Público do Trabalho (MPT) apura se as empresas Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, onde as vítimas trabalhavam, e Star Fretamento e Locação Eireli – EPP, proprietária do ônibus, possuem responsabilidade no acidente. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para investigar a causa da colisão, que ainda não foi revelada.

Dezembro

  • Ônibus despenca de viaduto e deixa 19 mortos em Minas Gerais

O último mês do ano iniciou com outro trágico acidente de ônibus, que fez 19 vítimas fatais. O veículo despencou de um viaduto no km 350 da BR-381, em João Monlevade, na região central de Minas Gerais. Com 48 pessoas embarcadas — 46 passageiros e 2 motoristas, o ônibus saiu de Alagoas e seguia em direção a São Paulo quando caiu de uma altura aproximada de 35 metros, segundo os peritos. Além dos mortos, 27 pessoas ficaram feridas. Há suspeita de que uma suposta falha no freio do ônibus tenha causado o acidente. No entanto, as investigações permanecem em aberto.

  • Terror e crimes tomam conta do interior brasileiro

Cidades do interior do Brasil ficaram em alerta no início de dezembro quando dois crimes de grandes proporções aconteceram. Primeiro, cerca de 50 bandidos sitiaram a cidade de Criciúma, em Santa Catarina, e assaltaram uma agência do Banco do Brasil na madrugada do dia 1º. Durante a ação, o grupo fortemente armado fez reféns, bloqueou ruas e atirou em um policial militar. No dia seguinte, o município de Cametá, no Pará, foi tomado pelo terror. Em uma ação parecida com a de Criciúma, 20 bandidos armados com fuzis invadiram as ruas disparando tiros e bombas, fazendo reféns e deixando um morto. Apesar da semelhança entre as atividades, não se pode afirmar que o mesmo grupo criminoso coordenou os dois assaltos, que seguem em investigação.

  • Justiça italiana confirma condenação de Robinho por estupro de jovem

A Corte de Apelação de Milão confirmou, em segunda instância, a condenação do jogador Robinho e de Ricardo Falco, seu colega, por abusar sexualmente de uma jovem albanesa em uma boate de Milão no ano de 2013. A justiça italiana também referendou a pena de nove anos de prisão, que havia sido decretada em 2017, quando Robinho foi condenado em primeira instância. Os advogados do jogador ainda vão recorrer em terceira instância — o acusado apenas pode ser considerado culpado pelo crime ao final do processo neste foro.

  • Primas Emily e Rebeca são mortas em tiroteio no Rio de Janeiro

A morte de duas primas deixou o Brasil de luto em dezembro. Emily Victória Silva dos Santos, de 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, brincavam na porta de casa quando foram baleadas durante um tiroteio em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Às pressas, os moradores da região levaram elas a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas as crianças já chegaram mortas no local. De acordo com a família das vítimas, a polícia está envolvida na ação, no entanto, a corporação nega. O crime segue sob investigação.

  • Governo federal lança programa nacional de vacinação contra Covid-19

Após nove meses da chegada do coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde divulgou o programa nacional de vacinação contra a doença. De acordo com o governo federal, em primeiro momento, o principal objetivo é imunizar os grupos prioritários, divididos em quatro fases que abrangem idosos, pessoas com comorbidades e trabalhadores de saúde, professores e forças de segurança. O plano não fixa uma data para o início da imunização já que a distribuição das vacinas depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, a pasta afirmou que toda a população será vacinada em até 16 meses.

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